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Athletiba: Procuradoria deve denunciar 14 pessoas; veja a prévia

BandNews FM teve acesso à prévia da denúncia relacionada à pancadaria do último clássico Athletiba

 Athletiba: Procuradoria deve denunciar 14 pessoas; veja a prévia

Imagem: reprodução/N Sports

A Procuradoria de Justiça Desportiva do Paraná deve protocolar hoje (sexta, 10) uma denúncia contra 14 pessoas envolvidas na pancadaria do clássico Athletiba do dia 5 de fevereiro. São analisadas as condutas de oito jogadores, sendo cinco do Athletico e três do Coritiba, além do técnico coxa-branca António Oliveira. O documento passa por revisão e deve ser entregue ao TJD-PR (Tribunal de Justiça Desportiva) no período da tarde.

Todos os atletas envolvidos devem ser denunciados por infringirem o artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê pena de suspensão de quatro a 12 partidas para quem pratica agressão física durante a partida.

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Pelo lado do Athletico, devem ser denunciados: o zagueiro Thiago Heleno (duas infrações, uma delas consumada); o zagueiro Pedro Henrique (duas infrações); o volante Christian (duas infrações); o lateral-esquerdo Pedrinho (uma infração); e o meia David Terans (duas infrações).

Do lado do Coritiba, devem ser denunciados: o atacante Fabrício Daniel (duas infrações, uma delas consumada); o atacante Alef Manga (uma infração); e o zagueiro Márcio Silva (uma infração).

Os procuradores também apontam infrações cometidas por quatro dirigentes: o presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, o presidente do Coritiba, Glenn Stenger, e os dirigentes alviverdes Jair José de Souza (2º vice-presidente) e Lucas Drubscky (head esportivo). Todos eles devem responder pelo artigo 258-B, que prevê pena de suspensão de uma a três partidas para quem invade o gramado ou o local destinado à arbitragem.

A denúncia também implica o árbitro do clássico, José Mendonça da Silva Júnior. Segundo a Procuradoria de Justiça Desportiva, o profissional “deixou de relatar todas as ocorrências disciplinares ocorridas”. Dessa forma, os procuradores avaliaram que houve prejuízo à análise dos fatos. A infração está prevista no artigo 266 do Código de Justiça Desportiva e prevê punição de suspensão de 30 dias a um ano, além da possibilidade de multa de R$ 100 a R$ 1 mil. A punição pode ser substituída por uma advertência formal caso o Tribunal avalie que a infração foi de pequena gravidade.

Por fim, os dois clubes envolvidos – Athletico e Coritiba – também devem ser denunciados pelas atitudes dos jogadores no gramado. O rubro-negro, clube mandante da partida, também pode ser responsabilizado pelas falhas de segurança na Arena da Baixada. Segundo a denúncia, o clube deixou de “tomar providências capazes de prevenir e reprimir a desordem”. Além disso, houve invasão de campo por um torcedor e o arremesso de objetos no gramado.

Após a entrega da denúncia, caberá ao Tribunal de Justiça Desportiva abrir um processo. Durante o procedimento, testemunhas e acusados serão ouvidos. Também haverá a possibilidade de coleta e apresentação de provas, além daquelas já anexadas à denúncia, como fotos e vídeos.

No bojo da denúncia, a Procuradoria de Justiça Desportiva do Paraná reserva parte importante do documento para apontar o aumento de casos de violência em partidas de futebol. Os procuradores propõem uma reflexão e concluem que a “sensação de impunidade” é fator fundamental para a ocorrência sucessiva de casos como esse. Eles relembram, por exemplo, casos recentes envolvendo o Coritiba (2009) e o Paraná Clube (2022).

A procuradoria também destaca o fato de a briga generalizada na Arena da Baixada ter acontecido logo no retorno de uma punição sofrida por Athletico e Coritiba após uma briga nas arquibancadas do Couto Pereira no clássico disputado no estadual do ano passado. O episódio acarretou em três jogos disputados em Curitiba – um no Couto Pereira e dois na Arena da Baixada – apenas com a presença de mulheres e crianças de até 12 anos. As imagens dos estádios repercutiram mundialmente como exemplo de não-violência.

Por fim, a Procuradoria de Justiça Desportiva do Paraná também cobra ações mais efetivas do Estado para conter a violência nos estádios. Eles criticam medidas que consideram “políticas”, ineficientes e superficiais, como a realização do clássico com torcida única. Ao contextualizar a denúncia relacionada ao clássico Athletiba, a procuradoria pede que Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público foquem em medidas que tragam “efetivos e concretos resultados” no combate à violência no futebol.

Informações: Angelo Sfair e David Musso

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Fabrizio Reusing

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