O número de municípios que tiveram problemas com o excesso de chuva dos últimos dias no Paraná aumentou para 45. De acordo com o último Boletim da Defesa Civil, foram 18.605 atingidos e mais de duas mil pessoas ainda continuam desalojadas. O motorista de uma empresa de couro de Rolândia continua desaparecido desde a última segunda-feira quando o ônibus em que ele dirigia foi levado pela enxurrada. O município de Jataizinho, no norte do estado, foi o mais afetado. Na região, segundo o capitão Eduardo Gomes Pinheiro, da coordenadoria da Defesa Civil do Paraná, 6 mil pessoas foram atingidas, 350 estão desalojadas e 50 desabrigadas.

 

Outra cidade em situação crítica é Londrina que teve 1.795 pessoas atingidas e 337 casas danificadas. Nesta manhã (quinta), o prefeito do Município, Alexandre Kireeff e o Governador do Estado, Beto Richa, sobrevoaram a região para conferir os danos causados pela chuva e acompanhar o trabalho de apoio às pessoas afetadas. Em Maringá, 85% da população, ou seja, 350 mil moradores, continua sem água. De acordo com a Sanepar, o abastecimento deve ser normalizado totalmente somente no fim de semana. No entanto, a partir da noite de hoje (quinta) a Sanepar retoma a captação e tratamento de água na região e durante a madrugada alguns bairros já devem começar a ser reabastecidos. Apesar disso, o prefeito de Maringá em exercício, Claudio Ferdinandi, esclarece que enquanto a situação não volta ao normal, a comunidade pode utilizar os 20 poços artesianos disponibilizados pela prefeitura.

Na maioria dos municípios o nível dos rios já está baixando, no entanto, o coordenador da Defesa Civil, Capitão Eduardo Gomes Pinheiro, alerta que não significa que todas as famílias que deixaram suas casas já podem retornar. Ele explica que primeiro as residências precisam passar por um processo de higienização para evitar qualquer tipo de doença.

Dezoito trechos de rodovias estaduais e federais ainda continuam com algum tipo de interdição. Por causa disso, o governador do Paraná determinou a estruturação de uma ação emergencial para recuperar os prejuízos. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), o prejuízo já passa de R$ 50 milhões de reais.