Aos primeiros acordes dos metais, sopros e percussão, na noite de sábado (02), Bananeira Brass Band já mostrou o poder da música instrumental, com seu som swingado e dançante, para todos que compareceram ao Ave Lola — Teatro da Tenda. A banda curitibana participou do Festival de Curitiba, realizando um show na 6ª Mostra Ave Lola – Celebrando a Resistência. O repertório é do primeiro álbum, lançado no ano passado, chamado “Feira Livre”. Os integrantes tocaram desde as faixas que abrem o disco, como “Clube do Potássio” e a “Furiosa”, até “Cocada de Banana”. 

Composta por Audryn Souza e Lucas Ramos nos trompetes, Hudson Muller no saxofone, Emilyn Shayane e Fernando Cordeiro nos trombones, Lauro Ribeiro no Sousafone, e Luís Fernando Diogo e Luís Rolím na percussão, a banda aqueceu a noite fria de Curitiba com seu tempero, ginga e misturas instrumentais. “Pode acabar a luz, pode mandar cortar o som, que a gente soprando o instrumento e o som ainda saindo, continuamos. Somos 100% orgânicos”, afirma o integrante Audryn Souza.

Brass Band é um estilo musical originado em New Orleans, nos Estados Unidos. Muito conhecida pela música de rua, Bananeira Brass Band tem suas raízes influenciadas pelos gêneros Soul Music, Groove e Black Music, em suas músicas autorais. Audryn Souza, instrumentista e também vocalista da banda, relata como é o contato com a plateia. “Algumas pessoas não têm nenhuma ligação forte com a música instrumental, porque estão mais ligadas à letras e refrão. E quando elas vêm ao nosso show, ficam surpresas, que acabam se entregando à dança. Afinal, acredito que o público comprou a nossa ideia.” 

Com a retomada gradual de shows, interrompidos devido à pandemia, o grupo realizou um dos seus primeiros eventos com presença de espectadores neste sábado (02). Emilyn Shayane falou como é ter o público de volta. “A conexão com as pessoas realmente foi muito boa, depois de muito tempo longe do público, ter esse contato de volta foi incrível”, conta a integrante.

O Ave Lola ao Ar Livre, no Teatro da Tenda, local em que ocorreu o show, promove esse aspecto mais intimista entre banda e público, o que teve efeito — é o que relata o barista Luís Fernando, que presenciou o show e conhece a banda desde 2016. “O foco é sempre engajar o público, ter essa troca, eles sopram as notas na gente”.

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A reportagem faz parte do projeto especial para o site bandnewsfm feita em parceria com estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Positivo. O texto é de Jefferson Ribeiro.