Beto Preto rebate Greca, anuncia auditoria e pede seriedade no debate sobre vacinas
O Tribunal de Contas do Estado deve fazer uma auditoria para identificar possíveis falhas na distribuição de vacinas contra a covid-19 no Paraná. O governo estadual solicitou a criação de um grupo de trabalho, com apoio da Controladoria-Geral e do Ministério Público, após críticas de gestores municipais. O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, pediu uma distribuição “mais isonômica” e alega que a capital foi prejudicada. A Secretaria de Estado da Saúde nega irregularidades.
Em entrevista à BandNews FM, o secretário Beto Preto defendeu que o assunto seja discutido com seriedade para não tirar a credibilidade do trabalho feito até o momento:
O secretário da saúde do Paraná criticou o posicionamento da Prefeitura de Curitiba, que cobrou uma distribuição diferente das vacinas contra a covid-19. A capital alega que recebeu menos doses do que deveria. Beto Preto rechaçou a acusação:
Ontem (17), o prefeito de Curitiba divulgou um vídeo no qual reclama da falta de doses para a capital. Segundo Greca, a cidade ocupa a posição 191 no ranking de municípios que mais receberam vacinas proporcionalmente à população. Um levantamento da BandNews FM revelou que Curitiba foi a cidade que menos recebeu vacinas entre os municípios com mais de 400 mil habitantes. Ainda de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a população é apenas uma das variáveis.
O Ministério da Saúde elenca uma série de grupos prioritários que precisam ser incluídos no cálculo da distribuição. Para Beto Preto, é injusto comparar a proporção de vacinas recebida por Curitiba com Guaraqueçaba, por exemplo:
Sobre a vacina russa contra a covid-19, Sputnik V, Beto Preto afirma que o Paraná tem um pré-contrato de compra que deve ser executado quando a Anvisa autorizar o uso emergencial do imunizante. Entre junho e julho, a agência liberou a importação excepcional para 13 estados, com restrições de aplicação. O Paraná não está entre as unidades da federação que solicitaram autorização:
Com base na projeção de envios do governo federal, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná estima que é possível concluir a aplicação da primeira dose da vacina para toda a população adulta até o dia 30 de setembro. O cumprimento do calendário previsto depende da capacidade do governo federal cumprir os envios prometidos.
Reportagem: Angelo Sfair