Biocombustível de bagaço de cana é exportado pela primeira vez ao Reino Unido pelo Porto de Paranaguá
O Porto de Paranaguá fará pela primeira vez o embarque de biocombustível de bagaço de cana de açúcar. No berço 204, a oeste do cais do Porto, pallets do novo produto encheram os porões do navio Marina Prince. A biomassa vai atender o mercado do Reino Unido na geração de energia sustentável.
O produto embarcado pelo Estado, de origem paulista, é o bagaço da cana, o que sobra das usinas de produção de açúcar e etanol, transformado em pellets, que é a matéria orgânica comprimida para se tornar biocombustível. O procedimento de embarque é o mesmo dos demais granéis sólidos exportados no porto paranaense. Ou seja, o produto sai do terminal e, em esteiras transportadoras, chega até o shiploader, equipamento carregador de navios que despeja o produto enchendo os porões da embarcação.
A movimentação de pellets de biomassa de cana de açúcar possibilita a abertura de novos mercados e negócios futuros. No Estado, a produção de energia renovável também é estimulada. No último mês de dezembro, através da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Iapar-Emater, o Governo do Paraná instituiu o programa Paraná Energia Rural Renovável.
O programa, que está em fase de estruturação, vai dar apoio à geração distribuída de energia elétrica a partir de fontes renováveis em unidades produtivas rurais. A ideia é criar subsídios como linhas de crédito e incentivos tributários para que os produtores rurais e as agroindústrias paranaenses invistam nessa produção.
Reportagem: Taís Santana