O setor de transportes recebe de forma positiva a possibilidade de aumento da adição obrigatória de biodiesel no diesel tradicional para 15%.

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A opinião é do especialista ouvido pela BandNews FM, o diretor-geral da Actioil do Brasil, Gilles Grimberg. Para ele, ainda que parte do mercado possa ter resistência em relação aos combustíveis renováveis, essa avaliação está baseada em preconceitos que não se comprovam na prática.

Para o especialista, a medida recoloca o Brasil como referência na busca pela sustentabilidade.

Atualmente, a porcentagem de adição obrigatória de biodiesel no diesel tradicional é de 12%. No cronograma definido pelo Governo Federal, somente em 2026 haveria um novo aumento desse teor, para 15%.

No início do mês, porém, o vice-presidente da República Geraldo Alckimin anunciou que pode antecipar a medida para janeiro. Caso o novo porcentual seja adotado, a dependência do Brasil do mercado externo de óleo diesel pode ser atenuada, o que abre uma possibilidade para a redução do preço do combustível na bomba.

Na tentativa de reduzir os gases que são nocivos ao ser humano, devem ganhar espaço outras alternativas de motorização, como os veículos elétricos, por exemplo. Mas segundo o especialista, a dependência dos motores à combustão deve seguir como tendência para os próximos anos.

No cenário em que não é possível abandonar por completo a queima de combustível, torna-se ainda mais importante que a indústria busque alternativas de combustíveis cujo a queima não gere resíduos nocivos ao meio ambiente.

O Brasil é pioneiro na produção e venda de combustíveis de fontes renováveis. O exemplo de maior sucesso é o etanol, vendido nos postos do país desde 1975. A adição obrigatória do combustível extraído da cana de açúcar na gasolina, porém, vem desde muito antes, tendo começado em 1931.

Reportagem: David Musso