Em três anos, mais de 2,1 mil novos registros de agrotóxicos foram liberados no Brasil – uma média de 545 ao ano. Sendo muitos deles, proibidos fora do Brasil. Os dados fazem parte do Atlas dos Agrotóxicos, produzida pela Fundação Heinrich Böll, publicada nesta semana em alusão ao Dia do Combate à Poluição por Agrotóxicos, celebrado nesta quinta-feira (11). O promotor de Justiça Alexandre Gaio, fala sobre os impactos do uso crescente de agrotóxicos no país.

Veja mais:

• Maior evento varejista do mundo começa no domingo

No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que encurta prazos e modifica regras para aprovação e comercialização de agrotóxicos. Entre os 17 dispositivos vetados estão os que dariam ao Ministério da Agricultura a competência exclusiva para registros de pesticidas. No entanto, o texto poderá passar por uma votação bicameral, em que Câmara e Senado vão decidir, juntos, se aceitam ou não as restrições. O promotor destaca que o Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos no mundo. Ele pontua que essas substâncias chegam à mesa dos brasileiros.

Conforme o promotor, a utilização extensiva de agrotóxicos na agricultura moderna também tem gerado preocupações crescentes devido aos impactos na poluição da água e do solo, na fauna, e no desenvolvimento de resistência em pragas.

Reportagem: Leonardo Gomes