Todo mundo um dia já deve ter ouvido “fulano não conta, é café com leite”. Essa deve ser a frase que Aninha, protagonista da peça “Café com leite”, mais escuta durante as brincadeiras entre os amigos. Normalmente, essa expressão é usada para uma criança ou que ainda está aprendendo a brincadeira. Mas o que aconteceria se Aninha levasse isso para outras áreas de sua vida? 

Cansada de estudar, fazer ballet, natação, ir para o clube de xadrez, para o curso de inglês e depois de alemão, Aninha resolve que será café com leite em tudo na vida. Fazer metade da lição, chegar atrasada na aula, não se esforçar, o que faz a rotina parecer cada vez mais com um café aguado.

A falta de responsabilidade e de orientação faz Aninha perder o rumo, com medo do futuro, mas também de um passado amargo, se perguntando “será que a vida precisa ser um café puro sem açúcar? Será que a vida não pode ser um pingado, às vezes um pouco mais forte ou um pouco mais fraco?”

A peça é voltada para o público infantil, mas divertiu não só crianças, mas também os adultos presentes. Com muito humor e música, espetáculo traz o equilíbrio entre as gerações de pais e filhos, com piadas que deixam um gostinho de nostalgia. 

Cleonice Rodrigues da Silva,de 54 anos, é do Mato Grosso do Sul, veio para Curitiba visitar a família e aproveitou para assistir a alguns espetáculos do festival e conhecer a cidade. Ela explica que a escolha da peça foi feita pensando no filho, Joaquim.

“Eu também sou contadora de histórias, sou atriz de teatro infantil, a família é do teatro, então viemos em amor à arte também”. E completa elogiando a peça: “é muito interessante a forma como conseguem prender atenção, tanto minha, como das crianças. Uma peça desse tamanho, prender atenção de criança, não é fácil, mas foi maravilhoso”, finalizou. 

O espetáculo faz parte da Minas Mostra, que traz para o Festival de Curitiba o nome de três companhias teatrais de cidades mineiras. A programação acontece na Caixa Cultural, entre os dias 27 a 31 de março, dentro da Mostra Fringe. 

Informações: Geise Gabriele, da Universidade Positivo