Câmara vota na próxima semana compra de ônibus elétricos
Prefeitura pretende adquirir 70 veículos com custo estimado em R$ 317 milhões
Prefeitura de Curitiba envia à Câmara projeto de lei para autorizar a compra de ônibus elétricos. São R$ 317 milhões de reais que devem bancar a aquisição de 70 veículos. A operação depende do aval do Legislativo, já que o Executivo quer que os veículos sejam incorporados ao patrimônio municipal em 2025, quando acaba o contrato atual com as concessionárias de transporte. A base legal para essa inovação depende da inclusão de três artigos em lei de 2008.
A proposta tramita em regime de urgência e com isso deve ser votada na próxima segunda-feira (18). No plenário da Câmara, o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, justificou que a compra faz parte do processo para tornar a capital paranaense uma cidade neutra na emissão de carbono até 2050.
No memorial do processo administrativo que resultou no projeto de lei, a prefeitura estabelece que o planejamento é ter 16 ônibus modelo piso alto em abril, 20 em maio, 14 articulados de piso baixo em junho, 14 articulados de piso alto em julho e 6 piso baixo em agosto, completando os cinco lotes.
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O custo médio dos ônibus padrão é de cerca de R$ 3 milhões, enquanto o dos articulados é de R$ 5,4 milhões, considerando impostos e transporte até Curitiba. Ogeny Maia Neto defende que a nova frota irá representar economia aos cofres públicos.
Ao menos quatro vereadores subiram à tribuna e criticaram a votação apressada e o valor alto da aquisição dos ônibus. Para Indiara Barbosa (Novo), era fundamental que o texto fosse discutido na Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização. Enquanto ela disse que impedir isso era desrespeito ao Legislativo, Dalton Borba (PDT) afirmou se tratar de “uma vergonha”, que considera o processo “uma sujeira”.
O líder do prefeito na Câmara, Tico Kuzma (PSD), rebateu as críticas e afirmou que o tema da eletromobilidade pede urgência.
Com o regime de urgência aprovado, a proposta da prefeitura não precisa passar pela análise de comissões e poderá ser votada já na segunda-feira (18).
Reportagem: Leonardo Gomes