Campanha de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas é lançada no Paraná

 Campanha de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas é lançada no Paraná

Foto: divulgação/SESP

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Foto: divulgação/SESP

27 inquéritos de crianças desaparecidas estão em andamento no Paraná. O desaparecimento mais recente ocorreu em 2017 e o mais antigo é de 1986.

Para ajudar a solucionar estes tipos de casos, a Polícia Científica do Paraná, lançou a campanha “Coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas”. Ela foi elaborada pelo grupo de trabalho da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio de encaminhamentos das amostras, de referências diretas da vítima desaparecida, que podem ser coletadas em objetos como escova de dentes, aparelho de barbear, entre outros materiais. Vão ser coletadas amostras biológicas de familiares para exame de DNA e inclusão no Banco de Perfil Genético. O trabalho vai englobar todas as polícias científicas do Brasil, tornando mais fácil encontrar o paradeiro das pessoas desaparecidas em qualquer lugar do país.

Para o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, o perito oficial Luiz Rodrigo Grochocki, a campanha tem o objetivo de acabar com dúvidas das famílias que buscam entes desaparecidos.

As amostras podem ser confrontadas com restos mortais não identificados e pessoas de identidade desconhecida cadastradas no Banco de Perfis Genéticos, exclusivamente para fim de identificação humana. Segundo a gerente dos Laboratórios Forenses da Polícia Científica do Paraná, Mariana Ulyssea de Quadros, as amostras coletadas terão apenas um intuito, inserir perfis genéticos de familiares no banco nacional para encontrar somente as pessoas desaparecidas.

Para a aplicação do exame, os familiares devem ter um registro ou ocorrência policial aberta de desaparecimento de pessoa. Além disso, o registro deve ter um período mínimo de desaparecimento, cerca de 30 dias, podendo variar conforme a circunstância do desaparecimento, com o objetivo de garantir que tenha uma investigação policial.

A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos foi criada para manter, compartilhar e comparar perfis genéticos a fim de ajudar na apuração criminal e no processo de investigação, inclusive, de pessoas desaparecidas.

Até a divulgação do último relatório, em novembro de 2020, o Banco Nacional de Perfis Genéticos contava com mais de 91 mil cadastrados, sendo mais de 5,5 mil mapeados pela Polícia Científica do Paraná. O dado coloca o Estado na sexta colocação com a maior contribuição absoluta de perfis genéticos no Banco Nacional.

O primeiro passo para a busca de um ente desaparecido é o registro do boletim de ocorrência, que pode ser feito em qualquer delegacia no estado, ou também via internet. Em Curitiba tem a Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP), que é especializada na busca de desaparecidos e também o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (SICRIDE).

A partir deste procedimento, a Polícia Civil do Paraná alinhará a tecnologia à expertise dos policiais e iniciará a investigação para dar respostas rápidas e efetivas ao familiar. Em 2020, 76 casos de crianças desaparecidas foram solucionados, já em 2021, 75 casos solucionados.

Reportagem: Fernanda Scholze

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