Cascavel, no oeste do Paraná e Chapecó, em Santa Catarina, são consideradas as cidades mais críticas da pandemia da covid-19, segundo o ministro da saúde, Eduardo Pazuello. Ele visita a cidade do oeste do Paraná, nesta quinta-feira (04), para avaliar a crise sanitária do sistema de saúde da cidade, que está há dias sem vagas de UTI em hospitais.

A comitiva do ministro chegou por volta das 14h ao aeroporto de Cascavel. O prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) levou o ministro a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasília, ao Centro de Vacinação Covid-19 e à obra do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (Cisop).

Pazuello comentou que gostaria de percorrer todos os municípios brasileiros que estão com dificuldade, mas precisou elencar Cascavel e Chapecó, em Santa catarina, neste momento crítico.

O ministro atendeu a um pedido do prefeito, Leonaldo Paranhos, que classificou a situação do município como triste e precária. Sem vagas, internações em locais inadequados, como corredores e recepções de hospitais, viraram uma realidade.

Ambulâncias do Samu também foram retidas para funcionar como leitos. Diante do colapso, o prefeito pediu à população atenção e disciplina:

Nesta semana, Cascavel recebeu do Ministério da Saúde 15 respiradores para atender pacientes com quadros graves da covid-19. Além disso, o conselho dos secretários estaduais da saúde concordou com um repasse extra de vacinas ao município. Cascavel receberá seis mil vacinas extras para acelerar a campanha de imunização.

O Governo do Estado está ativando 66 leitos exclusivos para o atendimento de pacientes com Covid-19 no Oeste paranaense. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, esteve em Cascavel nesta quinta-feira (4) e anunciou a implantação de 12 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 10 enfermarias para o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), além de mais 44 leitos clínicos em cidades pequenas da região: seis no Hospital Jesuítas, em Jesuítas; 12 no Hospital Santa Isabel, em Formosa do Oeste; e 16 no Hospital Santo Antônio, em Guaraniaçu.

Reportagem: Fernanda Scholze