Caso Daniel: segundo dia é marcado pelo depoimento de réus
Três réus foram ouvidos durante a manhã. Júri pode seguir até a madrugada desta quarta-feira
Três réus acusados de homicídio no Caso Daniel prestaram depoimento na manhã desta terça-feira (19) no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ygor King, David Willian Vollero e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva estavam na residência da família Brittes no dia do assassinato do jogador Daniel Corrêa Freitas e chegaram a ser presos durante a investigação do caso. Em novembro de 2018, os três rapazes foram liberados da prisão, porém, Eduardo da Silva se envolveu em outro crime e permanece detido.
O depoimento de Eduardo foi o mais curto e durou pouco mais de trinta minutos. Os depoimentos foram, basicamente, relacionados às circunstâncias da morte do jogador. Ao contrário de Ygor e David, Eduardo relatou que ouviu gritos do atleta no momento em que ele era assassinado, na estrada rural da Colônia Mergulhão, onde o corpo foi encontrado. Os outros dois réus ouvidos nesta manhã não detalharam o momento da morte.
O júri, que começou nessa segunda-feira (18), foi retomado nesta terça-feira por volta das 8h30. O jogador de 24 anos foi encontrado morto em 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado. O crime aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos da filha de Edison Brittes, Allana, na noite de 26 de outubro de 2018, na qual também estava Daniel, em uma casa noturna de Curitiba. A festa continuou, na madrugada do dia seguinte, na casa da família Brittes.
Edison alega que agrediu e matou Daniel porque o jogador teria abusado de Cristiana. Nesta terça-feira, depois das oitivas, a acusação tem a palavra por um prazo máximo de 2h30, depois a defesa por mais 2h30. Após isso, caso o juiz considere necessário, a acusação pode retornar para réplica e a defesa para tréplica, com mais 2h cada. Finalizados os debates, que são compostos pelas falas entre acusação e defesa, é feita a votação secreta pelos sete jurados. O juiz, então, acompanha a decisão da maioria e faz a dosimetria da pena, ou seja, determina qual a pena cabível no caso de acordo com as circunstâncias admitidas pelo Conselho de Sentença.
Veja mais: