No Paraná, 99% dos domicílios são atendidos pela rede de abastecimento de água e 90% das residências contam com serviço de coleta de lixo. Em contrapartida, 30% dos paranaenses, mais de 3 milhões de pessoas, não têm acesso à rede de esgoto.

Os dados são do Censo 2022, que foi divulgado nesta sexta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O levantamento sobre água canalizada apontou que 95,59% das casas do Paraná têm o serviço, 0,27% têm água canalizada até o terreno onde ficam e 0,14% não contam com abastecimento de água.

Já o índice de coleta de lixo no domicílio do Paraná ultrapassou a taxa nacional, que é 83,11%, chegando em 90%. O levantamento apontou ainda que 4,65% do lixo gerado pelos paranaenses é queimado, 0,55% é jogado em terreno baldio e 0,38% é enterrado na propriedade.

Em relação ao esgoto, 69,6% da população usa a rede geral, pluvial ou fossa ligada à rede, 19,1% utilizam fossa rudimentar ou buraco, 0,5% despejam em rios, lagos, córregos ou mares e 0,2% usam valas. O analista do IBGE, Bruno Perez, explica que apesar dos números baixos, o serviço de esgoto cresceu a cada levantamento.

As restrições de acesso a saneamento básico em 2022 eram maiores entre jovens, pretos, pardos e indígenas. A população de cor ou raça amarela foi a que apresentou o maior índice de acesso. O coordenador de Relações Institucionais do Trata Brasil, André Machado, traz a urgência de buscar por soluções de saneamento nas próximas eleições municipais.

Reportagem: Mirian Villa