Cesta básica de Curitiba fica 1,25% mais cara em novembro
Fatores climáticos elevaram o preço de tubérculos, frutas e legumes
Puxada pelos preços da batata, do arroz, do açúcar e do café, a cesta básica ficou mais cara em Curitiba em novembro. Na variação mensal, os itens básicos de alimentação para a família ficaram 1,25% mais caros. No entanto, ampliando o recorte para os últimos 12 meses, a cesta básica na capital paraense está quase 4% mais barata do que custava em novembro do ano passado.
Os dados foram apurados pelo Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, que acompanha a evolução dos preços mensalmente em 17 capitais brasileiras. O economista Rafael Durlo, do Dieese, aponta fatores climáticos como os principais responsáveis pela alta da cesta básica em novembro:
Os itens sazonais – representados na cesta básica do Dieese pela batata, banana e tomate – sofreram com questões climáticas, mas fatores externos também contribuíram para o aumento do custo dos alimentos. Produtos com alta procura no mercado internacional fizeram com que os preços aumentassem no Brasil em novembro:
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No acumulado de 2023, de janeiro a novembro, a queda no preço da cesta básica em Curitiba é de mais de 2%. Na avaliação de Rafael Durlo, a tendência de redução se mantém para o começo do ano que vem. Segundo o economista, no entanto, será necessário observar de que forma os fatores climáticos vão impactar na produção agropecuária:
Em Curitiba, a cesta básica de alimentos de novembro custou R$ 683,44. Esse é o quinto maior valor do Brasil, atrás de São Paulo (SP), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ). O custo na capital paranaense foi equivalente a quase 60% do salário mínimo. Ou seja, o trabalhador remunerado com um salário mínimo precisou trabalhar quase 114 horas para comprar a cesta básica.
Reportagem: Angelo Sfair