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Cheiro de aterro sanitário prejudica saúde de moradores de FRG

Odor se mantém mais de um mês após deslizamento que matou um trabalhador no local

 Cheiro de aterro sanitário prejudica saúde de moradores de FRG

Foto: Colaboração/Moradores do bairro Santa Terezinha

Mais de um mês após o deslizamento que causou a morte de um trabalhador, os moradores da região próxima ao aterro sanitário de Fazenda Rio Grande apresentam problemas de saúde. As dificuldades podem estar ligadas ao cheiro do local, intensificado após o dia 25 de junho, quando o caso foi registrado. Desde então, a empresa responsável, a Estre Ambiental, foi notificada extrajudicialmente e se comprometeu a combater o cheiro, junto à Prefeitura e à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo.

No entanto, a percepção dos moradores do bairro Santa Terezinha é de que o odor piorou desde então, independentemente das ações de combate. Esta mulher, que pediu para não ser identificada, recebeu uma recomendação médica de que, se possível, fosse morar em outro lugar.

A estudante de engenharia ambiental, Aline Vasconcelos, descreve o cheiro e a indignação que fazem parte da rotina dela.

O microempresário Wagner Ribeiro diz ter medo da situação. Ele comenta sobre a desvalorização das casas próximas ao aterro.

Foto: Colaboração/Moradores do bairro Santa Terezinha

Já a dona de casa, Teresa Roselis, perde a fome devido ao cheiro.

O trabalhador autônomo João Martins está à frente do grupo de moradores do bairro. Ele comenta sobre os urubus na região.

Foto: Colaboração/Moradores do bairro Santa Terezinha

Nesta semana, um urubu atacou o cachorro de uma das moradoras, no quintal da casa dela. Questionada pela reportagem, a Estre Ambiental afirma que está ciente das queixas da população e que contratou o serviço de uma consultoria especialista na mediação de odores. De acordo com a empresa, serão feitas visitas nos próximos dias. Além disso, a Estre afirma que já investiu mais de um milhão de reais em trabalhos de aplicação de um composto para inibir o cheiro, aplicado por drones de irrigação. Segundo a Estre, o cheiro não causa danos à natureza ou à saúde. Já a SEDEST afirma que o Instituto Água e Terra acompanha a situação semanalmente e orienta a Estre no que for necessário, conforme as exigências ambientais.

Confira a nota da Estre Ambiental na íntegra:

A Estre informa que, ciente e atenta às queixas da população nas adjacências do aterro sanitário de Fazenda Rio Grande, acaba de contratar os serviços de uma consultoria que atua há 30 anos na medição de odores e plano de ação. Serão realizadas visitas e medições já nos próximos dias, como parte dos esforços para solucionar a questão do mau cheiro.

A companhia já investiu mais de R$ 1 milhão nos trabalhos de aplicação de um composto inibidor de odores sobre o lixo exposto pelo deslizamento de parte do maciço, por meio de drones de irrigação, que seguirá pelos próximos meses. Importante reforçar que o mau cheiro não representa danos de nenhuma natureza à saúde, embora estejamos cientes do desconforto causado.

A reconstrução dos taludes de resíduos continua. A projeção é que essas estruturas de engenharia, desenvolvidas em conformidade técnica, sejam capazes de oferecer toda a segurança e proteção necessários aos colaboradores.

A Estre, que opera o aterro sanitário de Fazenda Rio Grande desde 2012, está realizando o trabalho de reconstrução com uma equipe de182 colaboradores e 60 caminhões e escavadeiras, respeitando as limitações operacionais e orientações de segurança pelos engenheiros geotécnicos internos e externos.

Confira a reportagem aqui:

Reportagem: Larissa Biscaia.

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felipe.costa

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