Clonagem da araucária mais antiga do Paraná é concluída
Árvore caiu depois de um vendaval em Cruz Machado, no sul paranaense
Depois de cinco meses, a clonagem da araucária mais antiga do Paraná foi concluída. A árvore, que caiu após um vendaval em Cruz Machado, na região sul do Estado, tinha 750 anos, 42 metros de altura e mais de 6 metros de circunferência.
Conforme a Embrapa, que realizou o processo de clonagem, a iniciativa possibilitará o plantio de araucárias idênticas à árvore gigante. A técnica, chamada de enxertia, une duas plantas para que elas cresçam juntas.
Na prática, a árvore receptora fornece nutrientes e água para a planta enxertada. O pesquisador da Embrapa Florestas, Ivar Wendling, explica como o resgate genético é feito.
Cem enxertias foram feitas, todas concluídas com sucesso. Porém, a previsão é de que elas sejam plantadas somente a partir de setembro. Uma delas já tem destino definido: o banco de conservação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Para o pesquisador, o sucesso da técnica de clonagem em araucárias abre a possibilidade para a descoberta de genes de resistência.
Atualmente, a araucária é listada como ameaçada de extinção no Brasil pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Reportagem: Mirian Villa