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Com “divergências”, Brasil prega “solução conjunta” para tarifa de Itaipu

Tema é discutido pelo governo brasileiro com o Paraguai

 Com “divergências”, Brasil prega “solução conjunta” para tarifa de Itaipu

Foto: Rafa Kondlatsch/Itaipu Binacional/Arquivo

Terminou sem acordo mais um encontro entre Brasil e Paraguai, no Itamaraty, para discussão da tarifa de energia da usina hidrelétrica de Itaipu. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o paraguaio Santiago Peña, nesta segunda-feira (15), em Brasília. Foi pelo menos a quarta reunião entre os países, desde o ano passado, para tratar do assunto.

Após o encontro, os presidentes fizeram uma declaração conjunta. Lula admitiu que há “divergências” com o Paraguai sobre a tarifa de Itaipu, mas reforçou a disposição para esgotar o tema.

Foi a primeira visita oficial de Peña, ao Brasil, depois de ter assumido o governo do Paraguai, em agosto. O impasse em torno do preço da energia de Itaipu tem relação com a dívida assumida para a construção da usina, nos anos 1970. O débito foi quitado no ano passado e, desde então, deixou de impactar a tarifa.

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O chamado Anexo C do Tratado de Itaipu estabelece, por exemplo, as bases de comercialização da energia. A produção excedente do Paraguai acaba sendo revendida ao Brasil. A revisão do acordo pode levar ao aumento da tarifa ou abrir a possibilidade de que o país vizinho negocie com outros mercados.

Peña sugeriu que o encontro desta segunda-feira (15) foi positivo. O presidente paraguaio valorizou a relação entre os países.

No ano passado, Itaipu produziu 83 milhões de megawatts hora de energia, crescimento de 20% e a melhor marca em cinco anos. A usina foi responsável por cerca de 88% do mercado paraguaio de eletricidade e por 10% do consumo brasileiro.

Reportagem: Cleverson Bravo

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Cleverson Bravo

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