Com tempo seco, balões colocam em risco áreas de preservação
Içar ou contribuir com o fornecimento de materiais para a confecção é uma infração grave
Em média, dez balões têm sobrevoado mensalmente e de forma ilegal o Parque da Serra da Baitaca, entre Piraquara e Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba. Os artefatos colocam em risco a vegetação e os visitantes, segundo alerta do Instituto Água e Terra (IAT).
No início do mês a tranquilidade do Caminho do Itupava, Morro do Anhangava e Morro Pão de Loth foi interrompida por uma coluna de fumaça. A causa foi a queda de um balão movido a ar quente, que espantou os visitantes.
A técnica do IAT Marina Gomes Rampim alerta que apesar do perigo em potencial é comum nesta época do ano a circulação de balões.
Içar balões ou contribuir com o fornecimento de materiais para sua confecção é uma infração grave, com multa que pode variar entre R$ 1 mil a R$ 10 mil para cada unidade que agredir o meio ambiente. Além disso, a legislação prevê detenção de um a três anos.
Em 2022, de acordo com a Polícia Civil do Paraná, foram instaurados quatro inquéritos para investigar a soltura de balões em Curitiba.
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O coordenador da Brigada Caratuva, grupo voluntário de prevenção e combate a incêndios florestais, e especialista em Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, Rafael Hartmann Gava, explica os balões causam problemas distintos se caírem acesos ou apagados.
Segundo o voluntário do grupo de resgate do Corpo de Socorro em Montanhas (Cosmo), Lineu Filho, a época do ano, entre outono e inverno, acaba por propiciar a atividade ilegal.
Em casos de emergências, incêndios ou incidentes envolvendo balões a orientação é entrar em contato com o Corpo de Bombeiros através do telefone 193. A Polícia Militar também pode ser acionada se o crime for flagrante.
Reportagem: Leonardo Gomes com AEN.