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Mirian Gasparin

Ter centros logísticos em diferentes locais é um diferencial para as empresas.

 Comércio eletrônico impulsiona mercado de galpões logísticos

Foto: Freepik

Os galpões logísticos são peças fundamentais no jogo da logística moderna, atuando como centros estratégicos de armazenamento, distribuição e gerenciamento de estoques. Com o aumento do comércio eletrônico e a mudança nos padrões de consumo, a demanda por essas estruturas tem crescido bastante.

Segundo dados do setor, nos últimos cinco anos, o mercado de galpões logísticos no Brasil teve um crescimento médio anual de 8%, demonstrando uma clara tendência de expansão. Hoje o estoque total de galpões logísticos no Brasil alcança 25 milhões de metros quadrados, dos quais, 9,5% desta área está na Região Sul.

Eu conversei com especialistas da área de logística, e eles me garantiram que o crescimento continuará nos próximos anos, impulsionado pelo aumento das vendas online e pela necessidade das empresas de otimizarem suas operações logísticas para atenderem às demandas do mercado de forma mais eficiente.

A verdade é que ter centros logísticos em diferentes locais é uma questão cada vez mais relevante no mercado e também um diferencial. Afinal de contas, o Brasil conta com quase 80 mil quilômetros de rodovias pavimentadas. Portanto, integrar e coordenar atividades logísticas é fundamental para garantir uma gestão eficiente das operações em todo o território nacional.

Essa questão é ainda mais relevante para as vendas via e-commerce. Ou seja, ter o chamado multiestoque significa unificar vários centros de distribuição, lojas e demais depósitos e os disponibilizar para atender as compras pela internet. Entre as principais vantagens estão a maior competitividade nos prazos de entrega e redução dos custos de envio.

De acordo com informações que eu obtive junto a especialistas, em primeiro lugar, as empresas precisam fazer avaliações que antecedem a definição dos locais de posicionamento de seus centros logísticos. Nesse sentido, deve-se considerar onde os clientes ou potenciais clientes estão, para então definir um local que possibilite entregas rápidas.

Outro ponto a ser considerado, é o fiscal, pois a origem e o destino de cada pedido determinarão a quantidade de imposto sobre a venda, e em alguns casos pode afetar a margem de lucro.

Por fim, é importante conhecer a malha logística da região, quais transportadoras podem fazer a coleta diária e se é possível receber clientes que vão retirar as mercadorias pessoalmente. No caso de grandes empresas, a estratégia adotada é ter centros logísticos em diferentes localidades, pois além de reduzir os custos é uma vantagem competitiva essencial para atender às crescentes expectativas de rapidez e eficiência no comércio eletrônico.

Mirian Gasparin

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