Os contratos do primeiro lote da nova concessão das rodovias do Paraná devem ser assinados em 29 de dezembro. A sessão pública de leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), está agendada para quatro meses antes e acontece em 25 de agosto.

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A concessão inclui trechos das principais rodovias das regiões Leste e Centro-Sul do estado. No total, são 473 quilômetros de estradas concessionadas, na BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427.

Regras do leilão

O edital com as regras do leilão foi publicado nesta sexta-feira (13), pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Vão poder participar do processo pessoas jurídicas brasileiras ou estrangeiras, entidades de previdência complementar e fundos de investimento. A validade dos contratos de concessão será de 30 anos.

Vence o leilão quem oferecer a menor tarifa de pedágio. Para ofertas de descontos muito altas, será necessário à empresa realizar aportes em garantia.

O gatilho começa em 18%, e cobra R$ 100 milhões a cada ponto porcentual, até 23%. Entre 23% e 30% de desconto ofertados, o valor do ponto porcentual sobe para R$ 120 milhões. Para ofertas de desconto acima de 30%, o valor do ponto porcentual passa a R$ 140 milhões, sempre de forma cumulativa.

Obras previstas

O projeto prevê que a empresa vencedora realize uma série de investimentos em melhoria nas rodovias. No pacote de obras, para a região da Grande Curitiba, estão incluídas a duplicação do Contorno Norte e a instalação de faixas adicionais e vias marginais no Contorno Sul, além novas faixas também no entroncamento da BR-277 com a BR-376.

Para a região, está previsto, ainda, a duplicação da Rodovia do Xisto entre Araucária e a Lapa e a duplicação da PR-423 entre Araucária e Campo Largo. Também devem ser duplicados o trecho da BR-277 entre São Luiz do Purunã e o Trevo do Relógio, que fica Prudentópolis e o da BR-373 entre Ponta Grossa e o Trevo do Relógio.

O valor total de investimento nas rodovias desse lote é de R$ 7,9 bilhões (sete bilhões e novecentos milhões de reais). A empresa vencedora terá de arcar, ainda, com os custos operacionais de manutenção das rodovias, estimado em R$ 5,2 bilhões (cinco bilhões e duzentos milhões de reais).

Nesse montante, estão incluídos o orçamento para serviços técnicos e administrativos, como a oferta de socorros médico e mecânico, pontos de parada para descanso de caminhoneiros e sistema de balanças de pesagem.

A estimativa é que a nova concessão deva gerar cerca de 80 mil empregos diretos e indiretos.