Em 1929, a marca Paraná ganha protagonismo feminino ao ter uma curitibana entre as finalistas do Miss Brasil. Marie Delfine Caillet, no auge dos 18 anos, representava a história do estado, filha de dois imigrantes, um italiano e uma francesa. “Didi Caillet”, como ficou conhecida, foi o rosto da indústria do mate.

No Paraná, o concurso de Miss Brasil foi promovido pelo jornal A República. Depois de receber milhares de fotos dos leitores, Didi Caillet passou por uma comissão julgadora, composta por Romáro Martins, Izabel Gomm, João Turim e Alfredo Andersen.

Na capital da República, Didi perdeu o título e a coroa para adversária Olga Bergamini, afilhada do então futuro presidente Getúlio Vargas. Didi não perdeu a classe, pegou a faixa de Miss Brasil das mãos do apresentador e ajudou Olga a vestir.

Nos dias seguintes, a Miss Paraná protagonizou diversas capas de jornais e revistas e foi oficializada como símbolo do estado. Didi foi ainda a primeira artista a registrar poesias declamadas em fonograma. Hoje, uma praça no Centro Cívico leva o nome dela. Esta é uma das várias histórias do livro 100 anos de criatividade.

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Reportagem: Larissa Biscaia