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Contrariando ministro, Mapa mantém janela para semear soja no PR

Carlos Fávaro disse que atenderia pedido do setor, mas ministério confirmou redução para 100 dias

 Contrariando ministro, Mapa mantém janela para semear soja no PR

Foto: Jonas Oliveira/Arquivo/AEN

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou ontem (quarta 16) à Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) que vai manter a janela de 100 dias para semeadura da soja. A decisão veio mesmo depois de o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ter garantido, em visita ao Paraná, que atenderia ao pedido dos produtores para que a data final de semeadura continuasse em 31 de janeiro, totalizando 140 dias.

A resposta oficial enviada pelo ministério foi de que a janela de 100 dias seria mantida, com término em 19 de dezembro e foi indicado ao estado organizar o cultivo de forma escalonada por regiões. Com isso, o Paraná perde pode perder 2,7 milhões de toneladas de soja na safra deste ano.

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De acordo com o chefe do Departamento de Economia Rural do Paraná, Marcelo Garrido, a redução de produção se refere aos 650 mil hectares que têm a semeadura mais tardia por conta de outros calendários de plantação, localizados principalmente nas regiões Sudoeste e no setor sul do estado.

A intenção do Mapa é combater a Ferrugem asiática, uma praga que, segundo o ministério, é uma das mais severas que afetam a soja com danos que podem chegar a 90% da produção. No entanto, o Paraná já aplica o vazio sanitário, que é um período de 90 dias sem nenhuma planta viva de uma determinada espécie, para evitar contaminações. Isto acontece para a soja entre 10 junho a 10 de setembro. Segundo Garrido, se a decisão de reduzir o tempo de plantio se mantiver, vai haver diminuição na produção, mas não necessariamente o impacto total será no cultivo de soja.

Por isso, o Paraná tenta negociar uma reversão desta decisão com o Mapa, em conjunto com os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo a Adapar, isso traz dificuldades de fiscalização e a intenção era que, pelo menos, a redução do período de semeadura fosse feita de forma paliativa nos próximos anos para facilitar a adequação. A Adapar informou ainda que vai convidar o setor produtivo para debater possíveis soluções para o problema.

Reportagem: Amanda Yargas

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Izabella Machado

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