Com o aparecimento em Curitiba de pacientes infectados com uma nova cepa, mais infecciosa do coronavírus, as preocupações se voltam ao controle das vias de acesso da capital. Um comissário de voo que prefere não se identificar, relata que o Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, não dispõe de nenhuma medida de controle de embarque e desembarque de passageiros específica para a Covid-19.

Ele diz que em todo o Brasil, não há qualquer controle mais apurado, da condição dos passageiros.

Segundo o comissário, o que há de mais específico, em relação ao controle da disseminação da doença, é uma orientação às companhias aéreas, para identificar casos sintomáticos da doença, pela aparência dos passageiros.

Segundo a Infraero, os aeroportos do Brasil realizam o controle do uso de máscaras e do distanciamento social nos terminais. Não há um controle mais apurado dos viajantes ou a exigência de exames que comprovem que o passageiro não está infectado pela doença.

O superintendente do Aeroporto Afonso Pena em São José dos Pinhais Antonio Pallu, diz que são as companhias aéreas as responsáveis por identificar possíveis casos de contaminação pelo coronavírus.

A situação é a mesma na rodoferroviária de Curitiba, que faz o controle do uso de máscaras, do distanciamento social e faz medição de temperatura dos passageiros, no momento do embarque. A rodoferroviária  não dispõe de um cadastro de origem e destino dos passageiros, que poderia auxiliar na prevenção do aparecimento de mutações da doença na capital.

Segundo o administrador do terminal rodoviário de Curitiba Élcio dos Anjos, esta é uma responsabilidade das empresas.

Na falta de um controle de passageiros mais apurado, tanto a Infraero, quanto a Rodoferroviária de Curitiba confiam que os outros terminais do Brasil estejam realizando um bom trabalho de controle da pandemia da Covid-19.

Reportagem: David Musso