Copel começa processo de privatização de termelétricas
A usina de Araucária movida a gás é uma das usinas colocadas à venda
A Copel iniciou processo de privatização com usinas termelétricas movidas a fonte de calor. Uma delas fica na região de Araucária, na grande Curitiba. De acordo com o comunicado da companhia, o mercado foi informado da proposta em 8 de fevereiro e já foi iniciada a fase da intenção de venda de toda a participação da Usina Termoelétrica a Gás de Araucária.
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A empresa é ligada ao sistema elétrico nacional e tem capacidade de 484 megawatts, onde é dona de 81% das ações. Como é movida a gás, o custo de produção é mais alto do que o das hidrelétricas, por isso ela é acionada apenas quando a produção hídrica não é o suficiente.
Atualmente, quase 60% da energia do Brasil vem da produção hídrica. A usina de Araucária está fora de operação desde fevereiro do ano passado, já que as hidrelétricas operam com 100% de capacidade. A Copel diz que não quer mais manter empresas que não trabalhem com energia limpa e renovável e que a mudança faz parte do projeto Copel 2030 que visa descarbonizar a matriz de geração.
A Copel também informou que vai devolver à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ainda nesse ano, a outorga da usina termelétrica de Figueira, no Norte Pioneiro, que é movida a carvão. De acordo com a companhia, as usinas continuarão existindo para casos de emergência, como aconteceu durante a crise hídrica, só que não serão mais controladas pelo governo.
O projeto de lei de autoria do Poder Executivo do Paraná, de venda da Copel, foi aprovado na Assembleia Legislativa do Paraná em novembro do ano passado, com 36 votos a favor e 13 votos contrários.
Informação: Francine Lopes