Coronavírus faz aumentar procedimentos de diálise e hemodiálise

 Coronavírus faz aumentar procedimentos de diálise e hemodiálise

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O número de procedimentos de diálise e hemodiálise aumentou durante a pandemia, com mais pacientes apresentando quadros de insuficiência renal como sequela do coronavírus.

Além das complicações no sistema respiratório, os rins também podem ser afetados pela covid-19. Esse aumento de procedimentos foi sentido pelo nefrologista do Hospital Universitário Cajuru, Alexandre Bignelli.

Nesta quinta-feira, 11 de março é comemorado o Dia Mundial do Rim. Uma ampla pesquisa conduzida pelo Centro de Estudo, Pesquisa e Inovação (CEPI) dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em parceria com a PUCPR, indicou que a covid-19 é uma doença vascular. E que os mecanismos da lesão do vírus nos vasos do pulmão também podiam ser encontrados nos vasos do coração e dos rins.

As complicações podem ser ainda mais severas em pacientes que apresentam quadro de diabetes e hipertensão, necessitando de hemodiálise ou diálise para recuperar a função dos rins, órgãos responsáveis por filtrar e eliminar as toxinas presentes no sangue. Esse é o caso do economista José Augusto Rakssa, de 67 anos, que ainda tem a obesidade como terceira comorbidade. José ficou internado 80 dias por complicações da doença. Destes 80 dias, 50 foram na UTI.

A filha do economista, Francine Costa Rakssa, conta que o pai não tinha problemas no rim até ser infectado pelo vírus.

Ela lembra que o pai quase morreu com uma parada cardíaca durante a primeira diálise.

José foi infectado pela doença em novembro de 2020, agora está em casa se recuperando das sequelas pós-Covid. Ele ainda não tem forças para andar e se alimenta através de sonda.

Ele não entrou para as estatísticas de pacientes com diabetes e hipertensão que tiveram perda total das funções dos rins.

Segundo o médico Alexandre, aproximadamente 70% dos pacientes que têm falência renal e acabam precisando de um transplante apresentam essas comorbidades.

O Paraná é o Estado com maior taxa de captação de doador falecido do país, chegando a 40 doadores por milhão. Na maioria dos estados, a doação é abaixo de 15 doadores por milhão. O Hospital Universitário do Cajuru também é referência em transplante no Paraná pelos resultados positivos.

A sobrevida do enxerto e do paciente fica entre 90% a 97%. As doações de rim podem ser feitas de duas formas, tanto paciente falecido por morte cerebral, quanto doador vivo com compatibilidade. Para os pacientes com doenças renais, a orientação é continuar com os procedimentos como diálise e hemodiálise mesmo durante a pandemia.

Além disso, é necessário manter o uso de medicações, seguindo as indicações do médico responsável e, em qualquer sintoma gripal, informar à equipe médica.

Reportagem: Fernanda Scholze

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