A Corregedoria da Polícia Civil vai investigar uma falsa operação policial feita pelo deputado estadual Tito Barichello (União), e pela esposa, a assessora parlamentar Tathiana Guzella. Nas redes sociais, o casal registrou imagens de uma suposta atividade policial durante a noite. Na transmissão, segundo eles, a ação se tratava do cumprimento de um mandado de prisão por uma tentativa de homicídio contra um advogado. No entanto, nem Tito e nem Tathiana podem cumprir mandados, já que estão licenciados da Polícia Civil, devido ao exercício de atividades parlamentares. Mais do que isso, não havia nenhum mandado de prisão por tentativa de homicídio contra a pessoa que era procurada por Tathiana e pelo autointitulado ‘Delegado Xerifão’. Com a repercussão negativa, os envolvidos passaram a dizer que se tratava de um ato em defesa de uma mulher – isso porque o que havia, na verdade, seria um descumprimento a um mandado da lei ‘Maria da Penha’.

O advogado que representa o deputado, Jeffrey Chiquini, diz que Tito Barichello agiu dentro da lei.

Tito se elegeu deputado em 2022 com a bandeira de repressão ao crime. A esposa está empregada como assessora parlamentar do deputado federal Felipe Francischini (União). Tito e Tathiana ganharam fama nas redes sociais com as transmissões de operações policiais e também em vídeos com atores, que mostram a atuação do casal. Em uma das encenações, uma mulher confronta um assassino, que, na sequência, é preso pelo casal que utiliza um carro particular preto, com sirene e sinais luminosos – semelhante a uma viatura.

Em nota, a Polícia Civil diz que não tinha conhecimento da “operação” realizada pelo delegado licenciado na semana passada e que nenhum dos envolvidos atua em nome da corporação. A corregedoria do órgão apura os fatos para verificar a existência de irregularidades.