Covid-19: nova vacina à base de plantas finaliza ensaios clínicos na Região Metropolitana de Curitiba
Mais de 500 pessoas participam dos ensaios clínicos de uma nova vacina contra a Covid-19 no Hospital do Rocio, em Campo Largo, na Região Metropolitana. O imunizante desenvolvido pelo laboratório Science Valley Research Institute (SVRI) e pelas empresas Medicago do Canadá e GSK do Reino Unido apresenta um diferencial em relação aos demais ao redor do mundo: a matéria-prima utilizada são plantas.
O cientista Eduardo Ramacciotti, explica que o ensaio clínico adota o método duplo-cego, controlado por placebo para avaliar a eficácia e segurança da vacina.
Os testes de fase 1 e 2 dessa vacina à base de plantas, inédita no mundo, começaram globalmente em 2020 e os de fase 3 em março de 2021. No Brasil, os testes de fase 3 começaram em maio de 2021, após autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e devem terminar neste mês, quando será atingido o número necessário para concluir o estudo.
O cientista explica que todos os pacientes serão acompanhados por cerca de um ano pela equipe de especialistas.
A nova vacina usa tecnologia própria baseada em células de plantas para desenvolver vacinas e tratamentos baseados em proteína, que é diferente de outras tecnologias utilizadas no mundo, já que usa Partículas Pseudovirais que imitam a forma e as dimensões de um vírus, permitindo que o organismo as reconheça e crie uma resposta imune de forma não infecciosa. A vacina testada no Paraná usa tecnologia de partícula semelhante ao coronavírus (CoVLP).
Segundo o cientista são usadas plantas da espécie Nicotiana benthamiana, uma parente do tabaco.
Para o avanço no desenvolvimento da vacina é preciso alcançar o número ideal de voluntários durante os ensaios clínicos. Conforme o laboratório SVRI, no momento 530 pessoas participam do estudo, porém, a meta é chegar a 900. Para quem estiver interessado pode acessar o site svriglobal.com ou entrar em contato pelo 0800-591-7817.
Reportagem: Leonardo Gomes