Covid-19: Paraná tem contrato para a compra de 10 milhões de doses, diz Casa Civil
O Paraná tem um contrato para a compra de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou. A conclusão da aquisição depende da aprovação do imunizante pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portanto, não há previsão de quando a vacina será disponibilizada. A informação foi apresentada pelo secretário-chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva, durante a reunião desta segunda-feira (29) da Frente Parlamentar do Coronavírus na Assembleia Legislativa.
Questionado por deputados, o secretário explicou que existem dois acordos com o Fundo Russo de Investimento Direto, que representa os interesses do governo da Rússia no exterior. No acordo para a eventual produção e distribuição da Sputnik V, o Paraná perdeu o protagonismo para a farmacêutica União Química, que agora lidera as negociações junto à Anvisa.
De acordo com Guto Silva, existe um contrato com o Fundo Russo para a compra direta de imunizantes, e ainda há interesse do Tecpar na transferência de tecnologia com o Instituto Gamaleya:
O secretário-chefe da Casa Civil do Paraná disse à Frente Parlamentar do Coronavírus que o Estado está disposto a negociar com todos os laboratórios produtores de vacinas contra a covid-19 e que deve unir forças com outros entes federativos para formar novos consórcios. Além disso, afirmou que o Paraná busca recursos para elevar o Tecpar a um patamar mais próximo de outros institutos e fundações, como o Butantan, em São Paulo, e a Fiocruz, no Rio de Janeiro.
O objetivo seria aumentar a produção local de vacinas e medicamentos:
Para que o Instituto de Tecnologia do Paraná assuma um papel maior neste cenário, são necessários investimentos na casa de um bilhão de reais para a construção de uma nova fábrica. O Estado negocia com a União a possibilidade de um repasse federal para a ampliação do Tecpar, que antes mesmo da pandemia do coronavírus já articulava formas de aumentar a produção, sobretudo com o objetivo de produzir e envasar imunizantes contra a gripe H1N1.
Reportagem: Angelo Sfair