Em Curitiba, 147 mil 345 moradores testaram positivo para Covid-19 desde o início da pandemia. Desses, 135 mil 234 entraram para os recuperados da doença, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. No entanto, passar pelo coronavírus pode deixar diversas sequelas.

A estudante Isabela Miranda, de 20 anos, só percebeu que estava doente quando perdeu o olfato e o paladar, em novembro de 2020. Até hoje ela não sente alguns gostos.

A jornalista Amanda Carolina, de 26 anos, contraiu a doença em maio de 2020 e seguiu com as sequelas até o mês de dezembro.

Estudos que acompanham pacientes recuperados por meses após a alta mostram que 30% dos infectados seguem com sintomas da Covid-19, conforme explica a professora de medicina e líder das pesquisas sobre coronavírus em Curitiba, Cristina Baena.

As sequelas, de acordo com a professora, são proporcionais à gravidade dos quadros. No entanto, a atuação do coronavírus deixa rastros, mesmo nos assintomáticos.

Outro aspecto é o trauma psicológico sofrido pelo paciente durante a doença. Mesmo em quadros leves, a sequela na saúde mental pode ser longa.

Quanto à nova cepa do coronavírus, a pesquisadora explica que pouco se sabe sobre as consequências dela, por ser recente.

A recomendação é fazer um acompanhamento médico mesmo meses após a recuperação, procurando eventuais sequelas principalmente no sistema respiratório.

Reportagem: Larissa Biscaia