Três clínicas de estética foram fechadas em Curitiba nesta semana por desrespeito à resolução estadual que suspende as cirurgias não emergenciais enquanto durar a pandemia do coronavírus.

A decisão da Secretaria de Estado da Saúde tem o objetivo de racionar os medicamentos anestésicos e relaxantes musculares imprescindíveis para a intubação de pacientes. Com o número crescente de casos de Covid-19, os insumos estão em falta em todo o mercado nacional. A Vigilância Sanitária de Curitiba visitou cinco clínicas, entre segunda (27) e terça-feira (28), a partir de denúncias recebidas pelo Canal 156. Com a escassez dos medicamentos para intubar pacientes em Curitiba, a Secretaria Municipal da Saúde também tem recolhido os insumos em clínicas e distribuidoras.

De acordo com prefeitura, estão em curso duas ações distintas. Enquanto a Vigilância Sanitária confere se as clínicas estão respeitando a resolução que suspende as cirurgias eletivas, técnicos da Secretaria Municipal da Saúde requisitam medicamentos que podem ser úteis no controle da pandemia do coronavírus. Na semana passada, a Secretaria de Estado da Saúde atualizou as normas e suspendeu procedimentos cirúrgicos que não são urgentes ou emergentes. A orientação é poupar medicamentos anestésicos e relaxantes musculares que estão em falta nas unidades de terapia intensiva.

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, a requisição dos insumos pela Secretaria Municipal da Saúde está amparada no decreto que estabeleceu Situação de Emergência em Saúde Pública em Curitiba, ainda no mês de abril. Os donos são devidamente ressarcidos pelo preço de mercado. No entanto, a forma como as ações foram executadas não agradou ao menos um dos empresários visitados pelos técnicos, que alegou falta de organização e comunicação.

A reportagem da BandNews FM ainda aguarda o balanço final da Prefeitura de Curitiba para saber quais medicamentos foram requisitados e qual foi a quantidade obtida. Entre os insumos recolhidos nas clínicas de estética estariam o propofol e a adrenalina, usados para a sedação de pacientes.

Reportagem: Angelo Sfair