CPI dos pedágios causa confusão na ALEP
Três meses depois das primeiras denúncias de que deputados estaduais estariam recebendo dinheiro das concessionárias de pedágio para evitar a abertura de uma CPI que investigaria as contas e as tarifas, o assunto voltou a movimentar a Assembléia Legislativa na tarde de ontem. Houve bate boca e muita confusão.
A confusão começou quando o deputado Cleiton Kielse, do PEM, acusou Ney Leprevost , do PSD, de ter recebido um milhão de reais das empresas concessionárias para a campanha eleitoral de 2010. E relacionou os valores ao fato dele ter retirado a assinatura para a abertura da CPI.
Irritado Ney Leprevost negou a acusação e explicou porque teria retirado a assinatura.
A denúncia gerou uma crise na assembleia e deu início a uma nova onda de acusações. Nem a mesa executiva escapou.
O presidente da casa, Valdir Rossoni, alegou que as denúncias teriam motivação política porque nesta terça-feira acontece a eleição da mesa executiva. Em meio à tanta confusão, Ney Leprevost retomou a tribuna, acusou Kielse de pistolagem e grilagem de terra e pediu a cassação do mandato do deputado por falta de decoro parlamentar.
A denúncia de uma suposta máfia do pedágio foi feita por Cleiton Kielse em entrevista ao vivo aqui na Band News, mas na época o deputado não citou nomes. Ontém foi o último dia do prazo para que ele apresentasse provas para embasar a denúncia. O dossiê montado por Kielse foi enviado à Polícia Federal.