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Curitiba: 26% das crianças de 2 anos não estão vacinadas

Apesar disso, Curitiba aparece ao lado de Teresina (PI) como as capitais com maior cobertura

 Curitiba: 26% das crianças de 2 anos não estão vacinadas

Foto: Hully Paiva/SMCS

Mais de ¼ das crianças com 2 anos de idade em Curitiba não estão vacinadas com os imunizantes indicados pelo Ministério da Saúde.

Levantamento do Inquérito Cobertura Vacinal aponta que a capital paranaense chega a imunizar 74% desse público – bem distante dos 95% estabelecido como meta pelo governo federal. Apesar disso, Curitiba aparece ao lado de Teresina (PI) como as capitais com maior cobertura imunização (esquema completo) de crianças de 2 anos.

A doutora em Microbiologia e professora do curso de Medicina da PUCPR, Aline Stipp, alerta, no entanto, que os números preocupam.

O levantamento do Ministério da Saúde considera os bebês nascidos entre 2017 e 2018. De lá pra cá, os índices de cobertura vacinal têm registrado quedas consecutivas e cada vez maiores.

Um relatório global da Unicef indica que entre 2019 e 2021, 1,6 milhão de crianças não tomaram nem a primeira dose da vacina DTP, que previne contra difteria, tétano e coqueluche no Brasil. Outras 700 mil tomaram a primeira e/ou a segunda dose, mas não tomaram a terceira (DTP3). Isso leva a um total de 2,4 milhões de crianças não imunizadas no país.

Segundo a secretária municipal da saúde, Beatriz Battistella, é preciso a adesão da população para melhorar ainda mais as coberturas.

Apesar desse cenário, Curitiba tem avançado na ampliação da cobertura vacinal. Dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) revelam alta na cobertura dos imunizantes previstos para crianças de até 1 ano de idade.

A capital paranaense fechou dezembro de 2022 com uma média de 91,6% de cobertura de vacinação dos imunizantes previstos para crianças até 1 ano de idade. Essa cobertura vacinal de Curitiba é superior à média nacional, que registrava 70% em dezembro de 2022.

Na cidade, o SUS oferece prontuário eletrônico e um sistema de monitoramento dos faltosos, que vai atrás das crianças que não se vacinaram. Para a secretária, a acessibilidade é um fator importante para alavancar as coberturas vacinais.

O Inquérito Cobertura Vacinal, do Ministério da Saúde, revelou ainda que Curitiba é a capital do país em que os entrevistados relataram menor dificuldade para acesso às unidades de saúde. Apenas 1% relatou alguma dificuldade para se vacinar, contra 7% na média nacional das demais capitais.

Na outra ponta desse ranking está Porto Velho, em que 24% dos entrevistados relataram dificuldade de acesso.

Reportagem: Leonardo Gomes e Ana Flavia Silva.

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leonardo.gomes

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