A capital paranaense apresentou redução em indicadores da pandemia, no prazo de duas semanas. Do dia 15 de julho até esta segunda-feira (02), os casos ativos tiveram redução de 12%, totalizando hoje 6 mil 239 pessoas com potencial de transmissão da doença. A taxa de transmissibilidade também reduziu, passando de 1,03, no dia 15, para 0,85, nesta segunda-feira (02).

A taxa de transmissibilidade indica para quantas pessoas, em média, um infectado transmite a doença. A Organização Mundial da Saúde considera que, se a taxa estiver acima de um, a pandemia está fora do controle naquele local. Com os números atuais, cada 100 pessoas infectadas passam a doença para 85 moradores de Curitiba.

Para o médico, professor e pesquisador do Centro de Epidemiologia e Pesquisa Clínica da PUC-PR, José Rocha Faria Neto, o cenário de queda é promissor. No entanto, a circulação da variante delta traz preocupação.

Já os óbitos em decorrência da doença subiram no município na última semana, depois de quatro semanas consecutivas de redução. Na semana passada foram 111 óbitos, em comparação com 98 registros, na semana anterior. A taxa de letalidade em Curitiba está em 2,6%, a mesma registrada no Paraná e menor do que a nacional, que é de 2,8%. Para o professor, a taxa de letalidade ideal seria zero. Para o próximo mês, o avanço da vacinação deve causar impactos positivos nos números.

Olhando para o vacinômetro, Curitiba ultrapassou a marca de um quinto da população totalmente imunizada contra a Covid-19. Entre os curitibanos, 21,8% completaram o esquema vacinal. A imunização parcial, com apenas uma dose, chega a 50% da população. A taxa de ocupação das UTIs SUS Covid-19 também teve redução, de 71% para 60%, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A redução aconteceu mesmo com o fechamento de leitos.

Reportagem: Larissa Biscaia