Curitiba completa seis meses de vacinação com 16% da população totalmente imunizada

 Curitiba completa seis meses de vacinação com 16% da população totalmente imunizada

Foto: Pedro Ribas/SMCS

315 mil 957. Este é o número de curitibanos que completaram o esquema vacinal contra a Covid-19, equivalente a 16% da população, até esta terça-feira, 20 de julho, data em que a capital paranaense completa seis meses de vacinação.

A imunização parcial, com apenas uma dose, é mais expressiva e chega a 916 mil 693 pessoas, 47% da população. Desde o início da vacinação, a capital paranaense perdeu 4 mil 230 vidas para o coronavírus.

A vacinação começou com profissionais da saúde e idosos acima de 90 anos acamados. Se o coronavírus afetou a rotina da população geral, para as equipes da linha de frente, as mudanças foram mais intensas. Para o enfermeiro Israel Mota, que foi vacinado com o primeiro lote que chegou à cidade, o imunizante devolveu a liberdade.

Com o anúncio da vacinação, diversos grupos e classes pediram inclusão prioritária. A partir do dia 28 de abril, as gestantes tiveram acesso ao imunizante em Curitiba, devido aos altos índices de mortalidade em decorrência do coronavírus. Segundo o Observatório Obstétrico Brasileiro, o Paraná registrou 19 mortes de grávidas no primeiro trimestre de 2021 por Covid-19, mais do que no ano de 2020 inteiro, quando foram 17 mortes.

A advogada Iohanny Bernardelli, grávida de quatro meses, acordou com ansiedade no dia 28 de abril, para receber o imunizante.

Em maio, chegou a vez das pessoas com comorbidades e professores. Para pessoas com comorbidades, a vacinação dependeu de uma declaração médica, comprovando a eventual doença. Para a publicitária Paola Geremias, que tem esclerose múltipla, tomar a vacina foi ver uma luz no final do túnel.

Enquanto a vacinação caminha a passos lentos, a contaminação seguiu na capital paranaense. O professor de química, Robert Gessner Júnior, desenvolveu a forma grave da doença, foi intubado e precisou passar pela ECMO, tratamento que simula um coração e um pulmão artificiais, para que o corpo do paciente consiga se recuperar. Robert teve acesso à vacina quando os professores foram imunizados, a partir do dia 17 de maio.

A vacinação para a população geral por idade começou no dia 04 de julho, com pessoas de 59 e 58 anos e segue, por enquanto, na faixa dos 30 anos. Desde o início da campanha, a vacinação foi paralisada uma vez por mês por falta de doses. As interrupções aconteceram nos dias 19 de fevereiro, 31 de março, 28 de abril, 26 de maio, 29 de junho e, mais recentemente, 12 de julho. Mesmo com doses disponíveis, a vacinação em Curitiba foi interrompida em duas outras ocasiões: nos feriados de Sexta-Feira Santa, em abril, e Corpus Christi, em junho.

O ritmo da vacinação é uma preocupação em comparação com a flexibilização das medidas restritivas preocupa a comunidade da saúde. A médica infectologista, Camila Ahrens, projeta que a retomada da vida normal depende de uma cobertura vacinal de 80% da população.

No entanto, a médica não considera que a vacina seja um passaporte para a vida como era antes

O Governo do Paraná tem a meta de vacinar toda a população adulta, acima de 18 anos, até o mês de setembro. A Secretaria Municipal de Saúde reforça o argumento que tem capacidade de vacinar, mas que depende do repasse de doses.

Reportagem: Larissa Biscaia

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