Curitiba diz ter recebido menos vacinas nos frascos da Coronavac enviados ao município em março
A prefeitura de Curitiba reclama um problema de rendimento dos frascos da oitava remessa da vacina Coronavac, recebida em março pelo município. O recipiente que deveria conter líquido suficiente para 10 aplicações, rendeu apenas 9.
Com isso, das 84.540 doses contabilizadas como recebidas pela cidade, 77.767 foram efetivamente aplicadas – um défice de 6.773 doses. O município diz ter notificado o problema ao Ministério da Saúde.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná diz ter conhecimento de que o problema pode ser observado nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal e que orienta individualmente cada município que notifica o problema.
A SESA diz, ainda, que cada remessa enviada às cidades do Paraná, contam com uma reserva técnica, com mais imunizantes. Este excedente deve ser utilizado nos casos de perdas técnicas, físicas e falhas no transporte.
Também por meio de nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, diz ter observado um aumento de queixas técnicas relacionadas à redução de volume nas ampolas da Coronavac.
Segundo a agência, estes eventos são considerados de baixo risco, por não expor os imunizados a risco de morte. Ainda assim, a Anvisa diz que investiga o caso com prioridade, para que não haja prejuízos na campanha de vacinação em curso no país.
O Ministério da Saúde diz que apura a situação e que vai se pronunciar nesta segunda-feira (12), a respeito do tema. O Instituto Butantan não respondeu os questionamentos da reportagem.
Reportagem: David Musso