Curitiba não contará com hospitais de campanha no combate à pandemia, segundo a secretária municipal de saúde. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (10), na sessão remota da Câmara Municipal, interrompida para o pronunciamento da secretária. Segundo o Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Curitiba registrou um aumento de 27% nos internamentos, de 20% nos óbitos e de 18% nos novos casos de coronavírus neste mês de março.

A secretária Márcia Huçulak explicou que a estrutura física de um hospital de campanha não atende à demanda de oxigênio dos pacientes. Para isso, segundo a secretária, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), estão preparadas.

Assim, as UPAs de Curitiba passam a funcionar como centros de internação para pacientes com Covid-19. Até sexta-feira, o Hospital Evangélico Mackenzie vai disponibilizar mais 10 leitos para o tratamento de pacientes com Covid-19.

Com o uso das UPAs, os hospitais da capital podem transformar leitos clínicos em leitos de UTI. Agora, a Secretaria vai exigir que a rede privada apresente em 24 horas um plano de contingência.

Como os hospitais particulares fecharam a rede de pronto atendimento na semana passada, a população que utiliza o serviço migrou para a rede pública, que já estava com alta demanda.

A secretária recomenda que a população só busque o sistema de saúde se realmente precisar, pelo risco de contaminação.

Reportagem: Larissa Biscaia