Apesar de Curitiba ter começado janeiro com um recuo da média móvel de casos, a última semana epidemiológica teve aumento no número de casos e mortes, em comparação com a semana anterior. A semana 43, entre os dias 3 e 9 de janeiro, registrou aumento de 7,69% na média de casos novos e de 15,05% na de óbitos, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.

Na semana 42, a média em Curitiba era de 596,57 novos diagnósticos e 13,29 mortes causadas pelo novo coronavírus, o menor número registrado desde novembro.

Hoje, 7 mil 391 curitibanos têm potencial de transmissão do vírus. No cenário estadual, quase 120 mil pessoas têm o potencial de transmissão da doença, segundo o mais recente boletim da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado ontem (12).

O médico e professor José Rocha Faria, que estuda e analisa os números da Covid-19 em todo o país desde o início da pandemia, reforça que o aumento é reflexo das festas de final de ano, mas que o fenômeno não é exclusivamente local.

Quanto ao aumento no número de óbitos, o professor explica que é algo lógico, associado ao aumento no número de casos.

Na última terça-feira (12), o Paraná completou dez meses dos primeiros casos confirmados de coronavírus. No dia 12 de março de 2020, o estado contabilizava seis casos da doença.

No dia 27 de março, as duas primeiras mortes foram registradas em Maringá. No dia 12 de abril, um mês depois dos primeiros diagnósticos, o estado tinha 708 casos ativos e 30 mortes.

Hoje são 480 mil 128 diagnósticos e mais de 8 mil mortes. Quanto à expectativa para as próximas semanas, a tendência ainda é de elevação.

Para o professor, a solução está em um plano bem estruturado de vacinação.

Segundo o boletim da Sesa, 53% das pessoas contaminadas são do sexto feminino e a média de idade dos contaminados é de 39,43 anos, de ambos os sexos. Já a média de idade das mortes é de 68,94 anos.

Reportagem Larissa Biscaia