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Curitiba registra morte de bebê de três meses por coqueluche
No Paraná, em menos de um mês, já são duas mortes em decorrência da doença
Imagem ilustrativa
Um bebê de três meses morreu de Coqueluche em Curitiba. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal da Saúde nesta terça-feira (27). Segundo a secretária, Beatriz Battistella Nadas, a criança já havia tomado a primeira dose da vacina contra a doença. Mas o fato da mãe não ser vacinada contribuiu para que ela não tivesse anticorpos suficientes para combater os sintomas. O bebê, um prematuro extremo nascido com 27 semanas, apresentava comorbidades.
A morte foi no dia 18 de agosto. O resultado do exame que comprova a contaminação por coqueluche saiu no dia 22 de agosto. Com esse caso, o Paraná registra duas mortes em menos de um mês. No dia 25 de julho, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já havia confirmado o óbito de uma criança de seis meses em Londrina, na região norte. A menina, também prematura, estava com a vacina em atraso. O Paraná não registrava mortes em decorrência da doença desde 2019. Em Curitiba, o último registro foi em 2013, quando duas crianças morreram. A coqueluche é uma infecção contagiosa que afeta as vias respiratórias que levam o ar aos pulmões. O médico infectologista do Hospital Pequeno Príncipe, Victor Horácio, explica que os bebês são mais suscetíveis ao agravamento dos sintomas.
Tosse, febre, coriza, falta de ar, cansaço e vômitos estão entre os sintomas da doença. A vacinação é a principal forma de prevenção.
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Curitiba registra 92 casos em 2024 – em 2023 não houve registros da infecção na capital. A cobertura da pentavalente está em 85%. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%. Battistella considera os números preocupantes. Ela destaca que a disseminação de fake News tem sido um dos grandes obstáculos para a adesão às vacinas.
A secretária reforça ainda que a vacina contra a coqueluche é oferecida em todas as unidades de saúde da capital. Campanhas de vacinação também têm sido realizadas, com oferta de doses inclusive dentro das escolas. Professores também estão sendo convocados para reforçarem as doses contra a doença.
Segundo a Sesa, o Paraná soma 223 casos de coqueluche em 2024. Em 2023, foram 17 casos.
Reportagem: Vanessa Fontanella
