Curitibana denuncia golpe do cheiro em Uber
Ao iniciar a corrida, a passageira sentiu tonturas e pulou para fora do carro
Uma curitibana, de 21 anos de idade, relata ter sido vítima do chamado “golpe do cheiro” em um Uber. A vítima, que pediu para não ser identificada, usa o serviço diariamente para ir ao trabalho. Na última terça-feira (07), no início da tarde, ao embarcar, a jovem começou a tossir. Ela relata que, em seguida, sentiu falta de ar e quase desmaiou.
Na hora, a vítima lembrou de ter ouvido uma história parecida. Quando o carro diminuiu a velocidade, ela conseguiu pular para fora.
Mesmo desorientada, a jovem conseguiu entrar em um petshop. Os funcionários a ajudaram a recuperar a consciência e a acionar a Uber. Por e-mail, a empresa disse que lamentava o ocorrido e que tomaria as medidas cabíveis. No entanto, eles não poderiam compartilhar quais ações seriam tomadas. Nesta quinta-feira (09), a vítima fez um boletim de ocorrência.
Esta é justamente a orientação da advogada e especialista em Direito Penal e Criminologia, Ana Paula Kosak. A vítima deve fornecer o máximo de informações que tiver sobre a corrida.
Ainda de acordo com a advogada, a empresa fica responsável por fornecer todas as informações necessárias, além dos procedimentos internos.
Ao ser questionada pela reportagem, a Uber afirmou que a única denúncia do golpe do cheiro que reconhece aconteceu em Canoas, no Rio Grande do Sul. A empresa afirmou que não tem conhecimento de outros inquéritos policiais concluídos. Além disso, a Uber não se posicionou sobre o caso registrado na capital paranaense.
Confira a nota da Uber na íntegra:
Com relação ao que vem sendo chamado de “golpe do cheiro”, a única denúncia dessa natureza relativa a viagens no aplicativo da Uber que já teve a investigação concluída pela Polícia Civil, até onde temos conhecimento, ocorreu em Canoas (RS) e o caso foi encerrado após o inquérito policial, já que, de acordo com as autoridades, não houve elementos de prática de crime. Em outro caso, no Rio de Janeiro, o laudo pericial atestou que não foram encontradas substâncias de natureza tóxica, perigosa ou nociva.
Nas demais denúncias mencionadas até o momento, muitas das quais surgem nas mídias sociais e são reverberadas pela imprensa sem se checar o que apurou a investigação conduzida pelas autoridades policiais, não temos conhecimento de nenhum inquérito que tenha sido concluído identificando elementos que comprovem o uso de quaisquer substâncias com o propósito de dopagem ou com o indiciamento do suposto motorista agressor.
De qualquer forma, a Uber trata todas as denúncias com a máxima seriedade e avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis, sempre se colocando à disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei.
Reportagem: Larissa Biscaia.