Defesa de Lula reitera pedido de anulação do processo que apura compra de terreno

 Defesa de Lula reitera pedido de anulação do processo que apura compra de terreno

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a pedir a anulação de um processo a que ele responde na 13.ª Vara Federal em Curitiba. Um documento protocolado nesta semana acrescenta argumentos às alegações finais da ação penal que apura a compra de um terreno que supostamente seria destinado ao Instituto Lula.

Os advogados sustentam que documentos usados para acusar o ex-presidente foram manipulados e que fatos novos interferem no processo, como revelações da série Vaza Jato e um depoimento de Marcelo Odebrecht à Justiça Federal de Brasília. Depois da fase de alegações finais, o processo estará pronto para a sentença do juiz federal Luiz Antonio Bonat.

Lula responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusado de ter recebido propina da Odebrecht por meio do custeio de um apartamento e do terreno. A defesa alega que o ex-presidente nunca teve a posse ou a propriedade do imóvel, que também jamais serviu de sede para o Instituto Lula.

Segundo o advogado Cristiano Zanin, as autoridades brasileiras não realizaram qualquer conferência entre o material entregue pela Odebrecht e o arquivo original, que foi apreendido na Suíça.

As alegações complementares foram apresentadas depois de concluída uma perícia autorizada pelo Supremo Tribunal Federal na cópia do sistema MyWebDay que está em posse da Polícia Federal e de procuradores da Força Tarefa Lava Jato do Paraná.

O software era usado pela Odebrecht para o controle de pagamentos ilícitos.

Entre os fatos que ocorreram depois de apresentada a primeira versão das alegações finais, os advogados de Lula citam as revelações feitas pelo portal The Intercept e outros veículos parceiros. Para a defesa, as mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores revelam a prática de atos ilegais para prejudicar o ex-presidente e familiares.

Os advogados citam ainda o depoimento de Marcelo Odebrecht, que no ano passado reconheceu que jamais falou com Lula sobre qualquer procedimento ilícito e que há contradições nos depoimentos de delatores. Outro argumento é o de que a Odebrecht lucrou cerca de R$ 5 milhões com a venda do terreno apontado na ação.

Reportagem: Lenise Klenk/Cleverson Bravo

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