Delcídio do Amaral deve prestar depoimento ao Juiz Sérgio Moro no dia 24 de junho
O ex-senador Delcídio do Amaral foi indicado pelo Ministério Público Federal como testemunha de acusação no processo que envolve o também ex-senador Gim Argello e outros oito réus, entre eles o ex-presidente da OAS Léo pinheiro e o dono da UTC, Ricardo Pessoa. Gim Argello está preso desde 12 de abril, quando foi deflagrada a 28.ª fase da Lava Jato, chamada de Vitória de Pirro.
Ele foi investigado pela suspeita de ter recebido R$ 5,35 milhões (cinco milhões, trezentos e cinquenta mil reais) para não convocar executivos de empreiteiras a prestar depoimento na CPI Mista da Petrobras. O esquema teria funcionado entre abril e dezembro de 2014. Pelo menos quatro empreiteiras pagaram propina para não serem convocadas a depor na CPI: UTC Engenharia, OAS, Toyo Setal e Odebrecht. De acordo com o MPF, outras três também foram assediadas pelo político, mas não pagaram a propina exigida. A maior parte dos recursos (R$ 5 milhões) teria sido paga pela UTC Engenharia e o restante, no valor de R$ 350 mil, foi feito pela construtora OAS na conta da paróquia São Pedro. A igreja fica em Taguatinga, no Distrito Federal, e era frequentada pelo ex-senador.