COLUNAS

Colunistas // Mirian Gasparin

Mirian Gasparin

Cogecom prevê crescimento de 100% este ano.

 Demanda de energia compartilhada cresce e atrai investidores

Foto: Divulgação

A energia compartilhada vem crescendo ano a ano no Brasil e vem se tornando uma boa alternativa na conta de luz, tanto no setor residencial quanto comercial e industrial.

Eu conversei com o gerente de aquisição de energia da Cogecom, que é a maior cooperativa de energia do Brasil, Jean Rafael Fontes e ele me disse que a geração compartilhada está permitindo que os pequenos consumidores tenham a oportunidade de investir num mercado que até pouco tempo atrás era limitado para poucos. Segundo o executivo, o trabalho da cooperativa dá oportunidade para que mais pessoas participem do setor de energia investindo em projetos menores, até então inexistentes no nosso mercado.

Para se ter uma ideia do que representa o setor de energia compartilhada, somente a Cogecom tem uma carteira de 90 mil cooperados, dos quais 70 mil são ativos e 20 mil estão esperando a homologação, que demora de 90 a 120 dias para sair. Do total de clientes, 60% são pessoas físicas e 40% são empresas.

Rafael Fontes me informou que a maior cooperativa de energia brasileira, que tem sua sede em Curitiba e está presente em oito estados, acaba de atingir 1.850 unidades geradoras focadas nos pequenos consumidores e o objetivo é chegar a 2500 unidades geradoras até o final do ano. Somente no primeiro semestre o crescimento foi de 52% e a previsão é crescer 100% até o final do ano.

O gerente de aquisição de energia da Cogecom me informou que com o cumprimento das metas, a cooperativa vai acumular um crescimento de 600% num período de dois anos.

Existe demanda de estrutura no Brasil para que a energia distribuída e compartilhada cresça ainda mais?

Eu fiz essa mesma pergunta ao gerente de aquisição de energia da Cogecom, e ele me disse que existe uma grande demanda de estrutura no país para que a energia possa crescer em percentuais ainda maiores do que vemos hoje no mercado. Na sua avaliação, o crescimento da geração distribuída e compartilhada nos últimos anos é algo sem precedentes não só aqui no Brasil como no mundo.

Fontes acrescenta que para 2024 a Cogecom deve ter mais de 250 MW de potência injetável no mercado, o que vai representar algo em torno de 480 MW de potência instalada. Para se ter uma ideia do que isso significa, a potência da cooperativa até o final deste ano será suficiente para atender uma cidade do porte de Pinhais com 133 mil habitantes.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin