Mais de 15 mil casos de dengue foram confirmados em crianças entre um mês e 9 anos de idade no Brasil, somente em 2024. Este é o púbico que não deve receber a imunização contra a doença. Conforme o Programa Nacional de Imunizações, o público-alvo da vacinação contra a dengue são crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária com o maior número de hospitalizações.

Para o Ministério da Saúde, o desenvolvimento de forma grave da doença ocorre na segunda infecção, ou seja, em crianças a partir de 10 anos. Por isso, essa faixa etária foi priorizada. O diretor do PNI, Eder Gatti Fernandes, explicou que a vacinação no Brasil vai avançar gradualmente, conforme ampliação de doses.

Somente no Paraná, 1.958 meninos e meninas foram diagnosticados com a doença, que é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti infectada. Por causa da baixa imunidade, os sintomas da dengue podem se agravar rapidamente em crianças, levando a sequelas graves ou a óbito.

A pediatra Gislayne Souza Nieto reforça os sinais de alerta, que podem ser confundidos com doenças corriqueiras na infância.

A melhor forma de prevenção da dengue é a erradicação do mosquito vetor da doença. Mas existem outras medidas de prevenção, é o que a pediatra detalha.

Nos casos mais leves de dengue, o tratamento é feito com repouso, hidratação e controle dos sinais clínicos. Já em situações mais graves, o internamento pode ser necessário. A vacina contra a doença, chama de Qdenga, foi aprovada pela Anvisa em março de 2023 para pessoas entre 4 e 60 anos.

Crianças e idosos fora do público-alvo de imunização pelo SUS (Sistema Único de Saúde), podem procurar a rede privada de vacinação com prescrição médica. Nesta terça-feira (13), o Brasil ultrapassou o meio milhão de casos prováveis de dengue desde o início de 2024.

Até hoje, foram contabilizados 75 óbitos pela doença, enquanto 340 mortes são investigadas.

Reportagem: Mirian Villa