Depois de colaboração premiada, Palocci pede redução de pena ao TRF4
A defesa do ex-ministro Antonio Palocci pede a redução de 2/3 da pena de 12 anos de prisão – como benefício por ter colaborado com a justiça no âmbito da Operação Lava Jato. Palocci foi condenado em ação penal que apura o repasse de vantagens indevidas da Sete Brasil para dirigentes da Petrobras, que recebiam percentuais em contratos.
A Sete Brasil foi constituída pela estatatal petrolífera, fundos de pensão e bancos privados para construir sondas de exploração do pré-sal. Em pedido apresentado ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), o delator enumera as provas apresentadas, como “dois contratos fictícios”, “e-mails”, anotações feitas em sua agenda e em uma tabela “que confirma como era realizada a arrecadação de vantagens indevidas” por ele e por “outras pessoas mencionadas na colaboração”. Na petição, os advogados querem ainda a revogação da prisão preventiva do ex-ministro e a progressão para o regime domiciliar, caso ele não consiga ir diretamente para o regime aberto.
De acordo com os defensores, Palocci prestou mais de 140 horas de depoimentos à Polícia Federal e cita ainda as 7 mil páginas de anotações de agendas de 2006 a 2016 com registros das “reuniões ilegítimas narradas”. O ex-ministro está preso desde setembro de 2016, quando foi deflagrada da 35ª fase da operação lava Jato. De acordo com os avogados, “após dois anos de prisão preventiva é forçoso concluir que a liberdade do réu já não coloca em risco a ordem pública”.
Reportagem: Thaissa Martiniuk