Depois de protestos de taxistas, prefeitura anuncia decreto com readequações no transporte de aplicativo em Curitiba
A prefeitura de Curitiba deve lançar até o fim do mês um decreto com readequações as normas e fiscalizações do transporte de aplicativos na cidade. O anúncio foi feito depois de um dia marcado por protestos de taxistas. Eles pedem que o município aumenta a fiscalização com relação a esse tipo de transporte.
Segundo a prefeitura o novo decreto para os motoristas de aplicativo já vem sendo construído há cerca de trinta dias e não foi a manifestação que motivou a criação dele. Durante a tarde, os taxistas bloquearam o começo da Avenida Cândido de Abreu até a rotatória em frente à prefeitura. Pela manhã, o grupo saiu em carretada do Jardim Botânico, pela Avenida das Torres. Os taxistas passaram pela Câmara Municipal, no Centro, até chegar na prefeitura, no Centro Cívico. Segundo a categoria, a manifestação não é pela proibição, mas pela fiscalização da atividade de transporte por aplicativos.
Coordenadora da carreata, a taxista Márcia Brotto afirma que atualmente há um número exagerado de motoristas trabalhando em plataformas como Uber e 99:
Taxista desde 1994, ela diz que a categoria sofre uma fiscalização intensa, e que este mesmo rigor deveria ser aplicado aos motoristas por aplicativo:
Segundo o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, o novo decreto deve resolver a questão dos aplicativos e também deve ser pensado para que haja a coexistência entre quem está trabalhando no táxi e quem está nos aplicativos. Para ele é preciso pensar nos dois lados.
A prefeitura de Curitiba afirma que a fiscalização é realizada e que as empresas e motoristas precisam seguir várias normas que visam à segurança do usuário e qualidade do serviço. Mas mesmo assim considera que ainda existem dificuldades na fiscalização.
O transporte compartilhado por aplicativo foi regulamentado pelo município em 2017. De acordo com a Prefeitura, o texto foi atualizado um ano depois após a publicação da lei federal que trata sobre o tema, a fim de alinhar-se às normas nacionais.
Reportagem: Felipe Harmata/Angelo Sfair