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Desembargador acusado de misoginia pode perder cargo

Luis Espindola afirmou durante sessão no TJ que “as mulheres estão loucas atrás dos homens”

 Desembargador acusado de misoginia pode perder cargo

Foto: Reprodução

O desembargador que afirmou que “as mulheres estão loucas atrás dos homens” pode perder o cargo. Luis Cesar de Paula Espindola é alvo de uma investigação interna do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) após a repercussão do caso. A fala foi durante o julgamento de um processo de assédio entre um professor e uma aluna na última quarta-feira (3) em sessão da 12ª Câmara Civil do TJPR. O comentário veio após a fala da advogada da vítima, considerada por ele como um “discurso feminista desatualizado”.

Ao todo, o desembargador falou por quatro minutos, disse por várias vezes que as mulheres que assediam os homens muito por culpa, segundo ele, das redes sociais e justificou os argumentos afirmando que faltam homens e sobram mulheres no mundo.

As falas fizeram com que entidades da sociedade civil organizada se manifestassem. A Ordem dos Advogados do Brasil divulgou uma nota de repúdio. Para a presidente da OAB-PR, Marilena Winter, a fala revela profundo desrespeito com vítimas de todo o tipo de assédio.

Luis Espindola terá a conduta investigada pelo TJ com base em uma das resoluções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que prevê o regimento nesse tipo de situação. O texto lista os deveres de magistrados como uma espécie de código de conduta, além das possíveis penas em caso de condenação. O advogado de Direito do Estado, Clóvis Bertolini, explica que o caso será submetido por colegas desembargadores e pode terminar até mesmo com a perda do cargo, através de uma aposentadoria comulsória.

Em nota, o TJ-PR afirmou que não endossa os comentários feitos pelo desembargador e disse não compartilhar de qualquer opinião que possa ser discriminatória ou depreciativa.

Já o magistrado afirmou em um texto enviado à imprensa que “nunca houve a intenção de menosprezar o comportamento feminino”. Lamentou o ocorrido e pediu desculpas, segundo ele, aos que se sentiram ofendidos. Por fim, disse que sempre defendeu a igualdade entre homens e mulheres, tanto na vida pessoal quanto profissional.

Em março do ano passado, Luiz Espindola foi condenado por violência doméstica. Conforme decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o desembargador bateu na irmã durante uma discussão. Além disso, a mãe do magistrado também foi atingida. Ele foi condenado a quatro meses e 20 dias de prisão em regime aberto, porém, segundo o STJ o caso prescreveu, já que ocorreu em 2013.

Reportagem: Leonardo Gomes

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Olívia Marques

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