Distrito 1340: garçom tentou acionar segurança antes do ataque
Os funcionários foram ouvidos pela Polícia Civil
O garçom tentava chamar os seguranças quando o homem de 27 anos esfaqueou os quatro clientes do Distrito 1340, no Campina do Siqueira. A Polícia Civil ouviu os funcionários do bar ao longo da segunda-feira (24). O agressor, que estava na área de fumantes, tirou as facas da mochila e colocou sobre a mesa, quando o funcionário percebeu. É o que relata o delegado responsável pelo caso, José Vitor Pinhão.
Ainda não foi confirmado se o ataque que terminou com a morte de um homem de 50 anos foi premeditado. Outras três pessoas ficaram feridas e já tiveram alta do hospital. A investigação deve ouvir agora os familiares do suspeito.
À Polícia Civil, o agressor afirmou que faz tratamento psiquiátrico, que estava em surto e que não lembra o que fez. Ele está no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A informação é que ele teria sido expulso de casa dias antes do ataque. Ele estava hospedado em um flat, que deixou na sexta-feira (21), no período da tarde.
Mauri José Glus, que morreu com as facadas, foi sepultado na tarde de domingo (23). O advogado que representa a família dele, Igor José Ogar, defende a tese de que o caso foi premeditado.
Pouco antes do ataque, o agressor distribuiu uma série de livros para os outros clientes do bar. As obras são suspenses ou relacionadas a crimes. Entre elas está “Precisamos Falar Sobre o Kevin”, uma ficção que trata sobre um massacre escolar, contado pelo ponto de vista da mãe do assassino.
O Distrito 1340 permanece fechado. Por meio das redes sociais, o estabelecimento prestou solidariedade às vítimas e afirma que colabora com a investigação.
Reportagem: Larissa Biscaia