Os profissionais de educação física foram incluídos pela Secretaria de Estado da Saúde num dos grupos prioritários para receber a vacina contra a Covid-19. Eles passaram a ser considerados pela pasta como profissionais da área da saúde, ao lado de outras classes como farmacêuticos, médicos veterinários, dentre outros, que devem receber a dose a partir da ampliação do grupo prioritário.

Na semana passada (02/06), a SESA emitiu uma recomendação para que as prefeituras que já concluíram a vacinação dos profissionais da linha de frente do combate à Covid-19, passem a vacinar os profissionais menos expostos ao vírus. A nova determinação inclui como prioridade assistentes sociais, biólogos, biomédicos,  farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, enfermeiros, médicos, veterinários, nutricionistas, odontólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais, além dos próprios profissionais de educação física.

Para ter direito à vacina, o profissional precisa estar inscrito no conselho regional de sua categoria profissional. A recomendação da SESA não exige a comprovação do exercício da profissão, o que pode possibilitar que pessoas que não estejam efetivamente trabalhando na área, recebam a dose do imunizante.

Como se trata de uma recomendação, as prefeituras dos 399 municípios do estado têm autonomia para decidir se acatam ou não a ampliação do grupo prioritário dos profissionais da da saúde, sugerida pela SESA. Cabe também aos Executivos municipais, decidir sobre o cronograma e os documentos exigidos no momento da aplicação.

A Prefeitura de Curitiba iniciou nesta quinta-feira (10), a convocação dessas 14 categorias profissionais recomendadas pela SESA, para que façam o cadastro no aplicativo Saúde Já. A vacinação para esse grupo prioritário será por agendamento e o profissional será convocado pelo aplicativo, para receber a dose. O atendimento vai acontecer de forma exclusiva no Pavilhão da Cura, no Parque Barigui.

A prefeitura de Curitiba diz que não vai realizar nenhum tipo de controle, se a pessoa está ou não exercendo a profissão. A Secretaria Municipal de Saúde diz que vai exigir apenas um documento de identificação com foto, no momento da vacinação; e que vai conferir se o nome da pessoa consta na lista disponibilizada pelos conselhos das categorias profissionais. A falta de controle do efetivo exercício da atividade profissional, revela uma distinção na vacinação de trabalhadores dos grupos prioritários na cidade. Os professores da educação básica que estão atualmente desempregados, não puderam receber a vacina contra a Covid-19 em Curitiba, pois a prefeitura exigia uma declaração do empregador do professor, no momento da vacina.

Reportagem: David Musso