Você já parou para pensarporque um deputado ou um vereador bem votado não se elegeu e outro com menor popularidade ocupou a vaga? Isso ocorre porque no processo eleitoral existem dois tipos de sistema. A eleição de presidente, governadores, senadores e prefeitos é feita pelo sistema majoritário, no qual o candidato mais votado vence a eleição.

Já para deputados e vereadores, é feito o sistema proporcional. Com ele, são computados os votos de cada partido ou coligação, para depois definir os candidatos mais votados dentro de cada agremiação. Primeiro é definido o quociente eleitoral a partir da soma dos votos nominais e dos votos de legenda — que é quando um eleitor não escolhe um candidato, mas vota no partido. Votos brancos e nulos são excluídos da conta.

O total de votos válidos é dividido pelo número de cadeiras disponíveis para o Poder Legislativo, formando o quociente eleitoral. De acordo com a lei municipal, a Câmara de Curitiba possui 38 vereadores. Só terão direito a alguma dessas vagas as agremiações que atingirem o quociente eleitoral. Isso evita que partidos muito pequenos ou com pouca representatividade consigam eleger vereadores ou deputados. Para saber o número de cadeiras que cada partido ou coligação terá, é feito o cálculo do número de votos válidos do grupo, dividido pelo quociente eleitoral.

Depois dessas etapas é levado em conta os candidatos mais votados dentro de cada partido ou coligação para definir os eleitos. Neste ano, 746 pessoas se candidataram ao cargo de vereador do município de Curitiba. Dessas, 17 estão inaptas e 729 estão concorrendo à eleição.

Dos políticos que estão atualmente trabalhando na Câmara de Curitiba, apenas 4 não vão concorrer a outro mandato: Herivelto Oliveira, Professora Josete, Sabino Picolo e Tito Zeglin. Na última eleição para vereador, em 2020, mais da metade dos políticos eleitos já trabalhavam no Palácio Rio Branco. 

Informações: Brenda Niewiorowski