A cinco meses das eleições, 70% dos curitibanos se mostram indecisos com qual candidato escolher para administrar a cidade pelos próximos quatro anos. Levantamento do Instituto Opinião coloca Luciano Ducci, ex-prefeito, com 14,1% da preferência eleitoral. Na sequência está o atual vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, com 13,1%. Em terceiro lugar, o deputado estadual Ney Leprevost conquista 12,5% das intenções. O ex-prefeito e ex-governador Beto Richa, atualmente deputado federal, garante 11,7% da preferência.

A pesquisa ouviu 1,2 mil moradores e a margem de erro é de 3%, ou seja, todos os nomes citados estão tecnicamente empatados. O ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol fecha o quadro acirrado com 10,8%. Na avaliação do sociólogo e diretor do Instituto Opinião, Arilton Freres , os resultados refletem a diversidade de opções políticas na cidade e a falta de um favorito.

Além dos líderes de intenção de voto, outros nomes surgem na pesquisa, embora com percentuais menores. Os deputados estaduais Goura, com 4,6%, e Maria Victoria, com 4,1%, bem como o ex-deputado federal Paulo Martins, com 3,7%, e a deputada federal Carol Dartora, com 3,1%, marcam presença. Com pontuações mais modestas, o ex-deputado federal Luizão Goulart alcança 2%, Cristina Graeml obtém 1,8%, e Andrea Caldas registra 0,5%.

A pesquisa também investigou a rejeição dos candidatos, revelando dados importantes sobre a percepção do eleitorado curitibano. Beto Richa lidera o índice de rejeição, com 51,6%, seguido por Goura, com 13%, e Maria Victoria, com 11%. Deltan Dallagnol e Luciano Ducci também enfrentam rejeição, com 10,9% e 10,7%, respectivamente. O levantamento abordou ainda a transferência de votos com base no apoio de figuras políticas influentes.

Se apoiados pelo governador Ratinho Júnior, 44,6% dos entrevistados aumentariam sua chance de votar no candidato, enquanto 33,3% afirmam que o apoio não influenciaria a decisão e 19% diminuiriam a inclinação. O apoio do prefeito Rafael Greca resultaria em um aumento de 43,6% nas chances de voto para o candidato, segundo 35,3% dos entrevistados, enquanto 17,8% afirmam que diminuiria.

Já o apoio do presidente Lula tem um efeito menos positivo, com 53,5% dos entrevistados indicando uma diminuição nas chances de voto, em contraste com 22,3% que aumentariam e 22,1% que não mudariam sua decisão.

Além das preferências declaradas, a pesquisa também explorou o cenário espontâneo, onde os entrevistados não recebem opções predefinidas. Neste contexto, 70,5% dos entrevistados se declaram indecisos ou não sabem em quem votariam. Rafael Greca, mesmo não podendo concorrer devido ao término do segundo mandato consecutivo, é o mais lembrado, com 10,2% das intenções. Eduardo Pimentel aparece em seguida com 5,7%.

Outros nomes, como Goura, Luciano Ducci, Deltan Dallagnol e Beto Richa, também são mencionados, porém, nenhum alcança um índice próximo ao de Greca. A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 19 de abril. Foram entrevistados 1.200 moradores de Curitiba com idade acima de 16 anos. A margem de erro é de 3%, com 95% de confiabilidade para o resultado geral da pesquisa.

O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o número: TRE-PR 01622/2024.

Informação: Leonardo Gomes